UMA GERAÇÃO QUE SUBESTIMA A FORÇA DE DEUS

Muitas vezes temos dificuldades em captar a real essência de uma pessoa – simplesmente as ignoramos devido a uma análise fria e com base em opiniões de terceiros. Por exemplo, na maioria das famílias, as maiores responsabilidades estão sempre a cargo dos membros mais velhos. Os irmãos mais novos sempre são lembrados como pessoas mais desleixadas e com pouquíssima experiência para a tomada de decisões coletivas importantes; suas reais contribuições são ofuscadas por isso! Acredito que todos nós já estivemos dos dois lados da situação: ora massacrados pela descrença em nosso potencial, ora atuamos como enormes muros que obstruem o crescimento de alguém. O que aparentava ser um processo de divisão de tarefas, se tornou uma ferramenta para selecionar bênçãos para aqueles que mais “merecem”.

O Senhor, contudo, disse a Samuel: "Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração". - 1 Samuel 16:7

Falar sobre a vida e obras de Jesus Cristo seria mais que suficiente para fornecer argumentos válidos dessa cultura baseada nas aparências e méritos. No entanto, proponho mostrar como nós mesmos estamos distorcendo a real grandeza de Deus – no que iremos nos fundamentar se o próprio Deus é subestimado?

Acredito que você já tenha ouvido sobre o pequenino Davi, filho de Jessé que enfrentou um Filisteu, chamado Golias e proporcionou a vitória do povo de Israel. Sempre fui curioso o bastante para pegar tais narrativas e sugerir fluxos alternativos: o que aconteceria se Davi tivesse duvidado do poder de Deus e desistido da batalha?

“Ora, ele cria em Deus. Impossível desistir!” – sugerem alguns. Mas, você já abdicou de muitas coisas também, não? Talvez pela descrença de que aquela situação poderia fornecer algum aprendizado. Se acreditamos em um Deus Vivo que nos assegura de suas promessas, por que nos momentos de crise corremos para os braços do mundo? Deus não poderia intervir naquela situação?

Com uma geração marcada pelo uso de métricas divinas e entre outras coisas, acabam rotulando suas vidas e experiências. Para algumas coisas, somente Deus pode resolver, outras uma simples volta pelas vielas do pecado é capaz de resolver. Em outros casos, nem mesmo o pecado “pode” resolver e já é tarde demais. Com esse estilo de vida, acabamos criando um Deus de cardápios, mas isso é um tema para outra discussão.

Matheus Phelipe
Enviado por Matheus Phelipe em 29/11/2019
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