Dia 144 – Lucas 04 – 06. Poder do Espírito; Escape; Oração; Remendo; Amai; Pobres; Amor.

20 de Maio de 2019

Jesus foi um homem (era também Deus, mas não usou isso a seu favor) que viveu a vida com as mesmas regras que nós; Não vemos em momento algum Ele usar algo que não teríamos a mão, mesmo o seu poder não era propriamente oriundo de si, antes tudo o que fazia era através do Espírito Santo (Lc 4.14 & Rm 1.4). Certamente por isso ele afirmou que faríamos coisas maiores do que as dele (Jo 14.12)

Em dado momento, Jesus fala na sinagoga uma palavra dura e isso resulta em sua expulsão; ao lermos o texto vemos que o “levaram até o cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem” (Lc 4.29), mas Jesus, “passando pelo meio deles, retirou-se”(vs 30)

Como Jesus pode escapar de uma multidão furiosa que o desejava matar? Vemos aqui mais uma demonstração do Poder de Deus; Jesus não saiu simplesmente porque o deixaram ir, houve ali algum tipo de confusão vinda de Deus, talvez algo semelhante a cegueira que vimos nos vizinho de Ló (Gn 19.11), que cego não consegue achar a porta de uma casa? É preciso aqui uma confusão especial vinda da parte de Deus.

Esse texto nos mostra que Jesus poderia escapar de qualquer situação, e de fato assim o fez até que sua hora estivesse cumprida; por isso reiteramos que, se quisesse, Jesus poderia ter falado contra os impostos da parte de Roma sem temer os romanos.

Jesus nos deixa mais um exemplo positivo, o da oração. Em mais de um momento nós vemos Jesus se ausentando de todos e indo para o deserto a fim de orar (Lc 4.42 & 5.16). Jesus dependia do Pai em todas as suas ações, Ele não tomava decisões por si mesmo, mas em tudo ouvia a voz do Espírito (Lc 6.12). Esse exemplo precisa ser seguido por nós; se quisermos ser semelhantes a Cristo, precisamos andar como ele andou, viver como ele viveu.

Temos ainda a comparação sobre os remendos novos e velhos, em Lucas, diferente de Marcos e Mateus, temos um detalhe a mais; aqui vemos que retirar um pedaço de pano novo para remendar um velho, além de estragar o velho, estraga também o novo, temos um duplo desperdício (Lc 5.36.39).

Jesus fala aqui sobre a natureza da nova aliança, pelos versos anteriores podemos compreender isso; em outras palavras Jesus diz que não se pode andar na velha aliança junto com a nova, isso prejudicaria ambas. Não há como compatibilizar a Lei com a Graça.

Vemos também um exemplo semelhante com os Odres, mas aqui, Jesus vai mais além e diz que “ninguém tendo bebido o vinho velho quer logo o novo”; ou seja, ninguém que viveu sob a lei quer logo o evangelho de graça, pois julga a lei melhor.

Muitas vezes não estamos dispostos a sairmos de nossa “zona de conforto teológica” e ficamos presos a velhas doutrinas de homens, não experimentando assim as verdades Bíblicas genuínas; meu conselho é que, ao lermos a Bíblia tenhamos mente e corações abertos para a palavra de Deus.

Chamamos a atenção para um detalhe em Lucas 6.20; aqui Jesus não faz uma declaração que todos os pobres serão salvos, e nem que a pobreza constitui algum tipo de graça a ninguém, o texto aqui não fala dos pobres, mas sim dos pobres de Espírito (Mt 5.3), ou, em uma outra forma de traduzir “os pobre pelo Espírito”, ou seja, aqueles que foram empobrecidos através do Espírito Santo, pessoas que tiveram seus corações empobrecidos, tornando-se humildes e qeubrantadas

Enceramos hoje com um comentário sobre Lucas 6.35, aqui Jesus nos manda amar nosso inimigos porque Deus é benigno até com os ingratos e maus. Precisamos aqui diferenciar o que de fato é o amor. A palavra grega usada aqui, muito conhecida por nós, refere-se ao amor αγάπη – agápe; diferente do que muitos pensam, esse amor não significa um amor divino, supremo, inalcançável, mas sim um amor que se demonstra por atitudes. Em nada tem haver com sentimentos, mas sim com ações. Não podemos confundir esse amor com o amor φιλία – philía; este sim fala de sentimentos, é o amor da amizade, do amigo.

Jesus não manda que sejamos amigos de ninguém, mas sim que o amemos, e de fato é assim que Deus age, podemos ver isso quando lemos que Deus a todos ama, e é benigno até com os maus (Lc 6.35 & Jo 3.16), mas nem todos são seus amigos (Jo 15.14 & Tg 4.4)

ERRATA:

As vezes, em minha leituras, acabo por encontrar um erro que escrevi ou alguma forma de melhor apresentar o assunto; não tenho ,no entanto, como alterar o texto em todos os lugares em que disponibilizo, por isso tenho um arquivo que considero o original.

Aqueles que quiserem podem o conferir em formato .Pdf no link abaixo.

Caso você tenha lido algo interessante por aqui, sugiro conferir a redação constante no link a fim de aferir se foi redigida alguma alteração.

https://drive.google.com/file/d/1QY20OLO3my1azsMfQbkeTg5DB-NZUeYF/view?usp=sharing

Adriel M
Enviado por Adriel M em 20/05/2019
Código do texto: T6651662
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