Dia 135 – Mateus 20 – 22. Graça; .
11 de Maio de 2019
Entre os pontos que veremos hoje temos uma parábola que nos apresenta uma verdade inquietante, às vezes, a bondade de Deus nos incomoda.
Em Mateus, capítulo 20, versos do 1 ao 16, lemos sobre um homem que saiu pelas ruas logo e cedo e contratou trabalhadores para a sua vinha, o acordo foi simples; ele pagaria uma diária. O texto nos mostra o dono da vinha saindo várias vezes ao longo do dia a fim de contratar novos trabalhadores; por fim, faltando apenas uma hora para o fim do expediente, o dono da obra contrata um último grupo de trabalhadores.
Essa parábola nos mostra que os problemas surgiram na hora do pagamento, os últimos trabalhadores receberam uma diária completa, mesmo trabalhando só uma hora, isso fez com que os que trabalharam todo o dia esperassem ganhar mais; entretanto não foi assim que aconteceu. Ao se queixarem com o dono, ele replica:
“Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro? Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?” (Mt 20.13-15)
Ainda hoje pensamos da mesma forma, imagine um homem que serve a Deus desde a infância, que absteve-se de todos os “prazeres” desse mundo e esforçou-se por viver uma vida piedosa; pensemos agora que esse homem tem um irmão gêmeo, que diferente dele, viveu uma vida dissoluta, fez de tudo e de tudo experimentou, sua vida em nada se apresenta como um exemplo; ambos envelhecem, e o gêmeo “pródigo”, arrependendo-se em seu leito de morte, entrega sua vida a Cristo.
Seria justo ambos entrarem no Reino dos céus? Quando um professor passa um trabalho e marca uma data para a entrega, você faz um esforço para cumprir o prazo, mas no dia percebe que alguns alunos não o fizeram, o professor então resolve estender o prazo sem penalizar os alunos atrasados; como você se sente?
Assim compreendemos um pouco do que seja a Graça, um presente de Deus que não merecemos; embora muitos de nós se achem merecedores do amor de Deus, o fato é que nada temos para o oferecer.