A PAZ DE CRISTO

“Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo.” (João 14.27).

A nova vida em Cristo pode desfrutar de uma paz diferente daquela que o mundo desfruta. A paz que vem de Cristo pode ser sentida em meio às aflições, aos sofrimentos ou, até mesmo, em meio à guerra.

A paz que Cristo dá é advinda da certeza da filiação divina. É a paz que vem da apropriação do sangue de Jesus para o perdão dos pecados. É também, a paz que nasce da certeza da vida eterna. Esta paz não depende de circunstâncias externas.

O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. (Romanos 8.16-18).

A paz que Jesus coloca à nossa disposição é alcançada na comunhão com Ele e com o Pai, através do Espírito Santo. Esta comunhão é conseguida por meio da oração e da adoração a Deus. O homem que se entrega aos cuidados de Deus e mantém comunhão com ele, é capaz de superar grandes obstáculos através da fé. Há sofrimento, mas há também a certeza de que Deus é o seu refúgio e que tudo acabará bem.

Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente. Sou como um prodígio para muitos, mas tu és o meu refúgio forte. Encha-se a minha boca do teu louvor e da tua glória todo o dia. (Sl 71.6-8).

A paz do mundo é passageira. Quando estávamos no mundo íamos a uma programação alegre e então, sentíamos alegria e paz. Mas, quando voltávamos para o nosso dia-a-dia, reencontrávamos com nossos dilemas e sofrimentos que nos tiravam novamente a paz.

A paz que Jesus dá é a paz que perpassa as dificuldades, que convive com a dor, que transcende o sofrimento. Se permanecemos cheios do Espírito Santo temos paz e tristeza nas dificuldades e paz e alegria nos momento bons.

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (João 16.33).

A nova paz que Cristo dá vem por meio da comunhão com Ele. Quando perdemos a paz é porque perdemos a comunhão com Cristo. Quando acontecer de perdermos a paz, precisamos de buscar a presença de Deus até restabelecer a comunhão com Ele.

Às vezes, queremos agir como se Cristo não fosse o Senhor de nossas vidas, então as coisas começam a dar errado. A impaciência e a carnalidade pode desejar resultados imediatos que não são conforme a vontade do Senhor. Devemos vigiar sobre a nossa paz para que não a percamos. Eis a advertência do senhor: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt 26.41).

A todo instante somos tentados para perdermos a nossa paz, por isso não podemos iniciar nossas atividades diárias sem antes conversar com Deus. O Diabo está à espreita para roubar o nosso melhor dom aqui na terra: A paz que Jesus dá.

Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar. (1Pe 5.8).

Quando temos a paz que Cristo nos dá, perdemos, até mesmo, o medo da morte, porque a morte é para o cristão exatamente o momento de seu encontro definitivo com Cristo. É o ápice da vida cristã e o momento de recebermos de Deus a recompensa por uma vida de obediência a Ele.

Todo discípulo fiel de Jesus pode expressar como se expressou o apóstolo Paulo: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Fp 1.21). Veja outras palavras do apóstolo Paulo nos últimos dias de sua vida:

Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. (2Timóteo 4.6-10).

Nossa paz vem da convicção de que acima de qualquer circunstância há um Deus no céu, criador e sustentador de tudo, que nos ama e nos fez à sua imagem e semelhança e, quando estamos perdidos nos salvou e agora nos chama de filhos. A sua morada não pode ser abalada e nós iremos para lá.

Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da alva. Bramam nações, reinos se abalam; ele levanta a sua voz, e a terra se derrete. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Sl 46.2-7).