A presença da paz

Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo. João 14:27

Depois de uma visita a uma amiga querida que está acamada lutando contra um câncer, voltei pra casa com minhas emoções afloradas. Eu precisava ficar sozinha para processar meus sentimentos. Momentos assim são um convite à reflexão, à solitude.

Testemunhar o sofrimento daqueles que amamos é sofrer também. Sentir-se impotente diante de uma doença grave é uma reação natural. Somos forçados a encarar nossa pequenez, a nossa finitude.

Ao refletir sobre o ambiente daquele lar, percebi que as perguntas sem repostas, as dúvidas e os medos não estavam excluídos daquele quadro. Mas algo se sobressaía: a presença da paz. Não uma paz superficial, humana. Uma paz divina. Aquela que somente Cristo tem para dar. A paz que é fruto do cultivo da presença e da amizade com Ele. É a paz no meio da tempestade.

Ele diz: “A paz que dou a voces não é como a paz que o mundo dá”. É uma paz que ultrapassa a razão, excede o entendimento. Onde poderia haver desepero, ali está a paz. Onde a angústia da dúvida poderia levar a melhor, há paz. Onde a tristeza poderia se sobressair, há paz. A paz de Cristo não anula a dor, o sofrimento e a tristeza, mas ela as excede. Ela se sobressai. Ela reina apesar de. Cristo não prometeu nos isentar das aflições. ELe nos prometeu a sua presença, e a sua presença é a certeza da paz.

"Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo". João 16:33

10/julho/2018