Comentário de 2 Tessalonicenses 1.1-3

Por João Calvino

“1. Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo:

2. Graça e paz a vós da parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.

3. Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é justo, porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros,”

1. “À igreja dos tessalonicenses, em Deus”. Quanto à forma de saudação, seria supérfluo comentar. Somente é necessário observar isto – que, por igreja em Deus e Cristo, faz-se referência a uma igreja que não apenas fora reunida sob a bandeira da fé, com o propósito de adorar ao único Deus e Pai, e de confiar em Cristo; mas que é obra e construção tanto do Pai como de Cristo, porque, enquanto Deus nos adota para si, e nos regenera, é dele que começamos a estar em Cristo (1 Co 1.30).

3. “Dar graças a Deus”. Paulo principia com a recomendação, a fim de ter o ensejo de passar à exortação – pois deste modo temos mais sucesso entre aqueles que já começaram a jornada, quando, sem ignorar em silêncio o seu progresso inicial, nós os lembramos de quão distantes ainda estão do alvo, e os encorajamos a fazer progresso. Como, porém, havia recomendado na Epístola anterior a sua fé e amor, ele agora declara o crescimento de ambos. E, sem sombra de dúvida, este curso deve ser seguido por todos os que são piedosos – examinarem-se diariamente, e verem o quanto têm avançado. Portanto, esta é a verdadeira recomendação dos crentes – seu crescimento diário em fé e amor. Quando diz “sempre”, ele quer dizer que ele é constantemente suprido com nova ocasião. Anteriormente, havia dado graças a Deus por causa deles. Agora, ele diz que tem ocasião de fazer isto novamente, pelo seu progresso diário. Porém, quando dá graças a Deus por esta causa, ele declara que o aumento, não menos do que o começo, da fé e do amor procedem do Senhor, pois, se procedesse do poder dos homens, a ação de graças seria fingida, ou ao menos inútil. Ademais, ele mostra que o aproveitamento deles não era trivial, ou mesmo ordinário, mas muito abundante. Tanto mais vergonhosa é a nossa lentidão, quando mal avançamos um passo durante um longo período de tempo.

“Como é justo”. Nestas palavras, Paulo mostra que somos obrigados a dar graças a Deus, não apenas quando ele nos faz o bem, mas também quando temos em vista os favores concedidos por ele aos nossos irmãos. Pois, onde quer que a bondade de Deus resplandeça, convém que a exaltemos. Ademais, o bem-estar de nossos irmãos deveria ser tão caro a nós que reconhecêssemos entre os nossos próprios benefícios tudo o que lhes tem sido conferido.

Mais ainda, se consideramos a natureza e sacralidade da unidade do corpo de Cristo, terá lugar entre nós uma comunhão tão mútua que consideraremos os benefícios concedidos a um membro individual como lucro para toda a Igreja. Por isso, ao exaltar os benefícios de Deus, devemos sempre ter em vista todo o corpo da Igreja.

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Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 10/09/2014
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