Comentário de Levítico 26.43-46


 
Por João Calvino
 
Lev 26:43 Mas a terra na sua assolação, deixada por eles, folgará nos seus sábados; e tomarão eles por bem o castigo da sua iniquidade, visto que rejeitaram os meus juízos e a sua alma se aborreceu dos meus estatutos.
Lev 26:44 Mesmo assim, estando eles na terra dos seus inimigos, não os rejeitarei, nem me aborrecerei deles, para consumi-los e invalidar a minha aliança com eles, porque eu sou o Senhor, seu Deus.
Lev 26:45 Antes, por amor deles, me lembrarei da aliança com os seus antepassados, que tirei da terra do Egito à vista das nações, para lhes ser por Deus. Eu sou o Senhor.
Lev 26:46 São estes os estatutos, juízos e leis que deu o Senhor entre si e os filhos de Israel, no monte Sinai, pela mão de Moisés.
 
Ele mais uma vez se refere à punição de banimento, o que equivale a serem deserdados; e, ao mesmo tempo, repete que a adoração a Deus não poderia ser restaurada na Terra Santa, até que ele lhes tivesse purificado das suas corrupções; contudo, imediatamente depois ele modera esta severidade, na medida em que, quando parecia lidar com eles mais rigorosamente, ele ainda não lhes havia totalmente rejeitado. Os verbos que Ele usa estão no passado, apesar de se referirem ao futuro; tanto quanto para dizer, que "eles devem sentir que não são rejeitados." Ele, portanto, estende a mão para eles, por assim dizer, na sua miserável condição, para elevá-los à confiança, e ordena-lhes, embora afligidos com uma tribulação extrema, no entanto, a colocarem a sua confiança em seu Pacto. Aqui Sua bondade maravilhosa e inestimável é exibida, em manter como Seus aqueles que estão alienados dele: assim, se diz em Oseias 2.23: "Tu és o meu povo! Ele dirá: Tu és o meu Deus!"
Quando Ele promete que vai se lembrar do seu Pacto "por causa deles", Ele não quer dizer pelo seu mérito, ou porque adquiriram tal favor para si; mas para o seu benefício ou para a sua salvação, em que a lembrança do Pacto será estendida a eles. Sua libertação (do Egito) também é adicionada na confirmação da aliança, como se Ele tivesse dito que estaria mais disposto a perdoá-los, não somente porque Ele sempre persevera em sua fidelidade às suas promessas, mas porque  iria manter sua bondade para com eles, e conduzi-los até o fim. Assim, vemos que Ele atribui a causa da Sua misericórdia apenas a Si mesmo.
 
Traduzido e adaptado por Silvio Dutra.

 
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João Calvino
Enviado por Silvio Dutra Alves em 23/08/2014
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