Não nos Pertencemos

 
Por João Calvino
 
“Somos do Senhor” (Rom 14.8)
 
1. A lei divina contém um plano adequado e ordenado para a regulação de nossa vida; porém nosso Pai celestial quer dirigir os homens por meio de um princípio-chave excelente.
 
É dever de todo crente apresentar seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, como indica a Escritura. Nisto consiste a verdadeira adoração.
 
O princípio da santidade nos leva à seguinte exortação: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."
 
É muito importante estarmos consagrados e dedicados ao Senhor, pois isso significa que pensamos, falamos, meditamos ou fazemos qualquer coisa tendo como motivo principal a glória de Deus.
 
Recordemos que àquilo que é sagrado não se pode aplicar usos impuros sem cometer séria injustiça e agravo a Deus.
 
2. Se não nos pertencemos a nós mesmos, mas pertencemos ao Senhor, devemos fugir daquelas coisas que lhe desagradam e processar nossas obras e nossos feitos como tudo aquilo que Ele aprova.
 
Baseando-nos no fato de que não nos pertencemos, teríamos que aceitar que nem nossa razão nem nossa vontade deveriam guiar-nos em nossos pensamentos e ações.
 
Se não nos pertencemos, não temos que buscar a satisfação dos apetites de nossa carne.
 
Se não nos pertencemos, então, esqueçamos de nós mesmos e de nossos interesses o quanto nos seja possível.
 
Pertencemos a Deus; portanto, deixemos de lado nossa conveniência e vivamos para Ele, permitindo que Sua sabedoria guie e domine todas as nossas ações.
 
Se pertencemos ao Senhor, deixemos que cada parte de nossa existência seja dirigida por Ele. Esta deve ser nossa meta suprema.
 
3. Quanto tem avançado aquele homem que tem aprendido a não pertencer-se a si mesmo, nem a ser governado por sua própria razão, mas que rende e submete sua mente a Deus!
 
O veneno mais efetivo que leva os homens à ruína é o fato de jactarem-se em si mesmos, no poder e na sabedoria humana. A única saída para safarem-se deste auto-engano é simplesmente seguir as instruções do Senhor.
 
Nosso primeiro passo deveria ser o de aplicar toda nossa força a serviço do Senhor.
 
4. O serviço do Senhor não só implica uma autêntica obediência, como também a vontade de pôr a parte os desejos pecaminosos e render-se completamente ao governo do Espírito Santo.
 
A transformação de nossas vidas por meio do Espírito Santo é o que Paulo chama de renovação da mente. Este é o verdadeiro princípio da vida que os filósofos deste mundo desconhecem.
 
Os filósofos pagãos põem a razão como o única guia da vida, da sabedoria e da conduta, porém a filosofia cristã nos requer que rendamos nossa razão ao Espírito Santo, o que significa que já não vivemos para nós mesmos, mas que Cristo vive e reina em nosso ser.

 
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João Calvino
Enviado por Silvio Dutra Alves em 13/08/2014
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