“Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” (Hb 13.5).
Por Thomas Watson
A palavra de Deus é uma autoridade suficiente; e deve ser a estrela que guia, e o peso que move nossa obediência; a vontade dEle é uma lei, e a Sua majestade é suficiente para nos cativar em obediência; e assim nossos corações não devem estar mais inquietos que o mar furioso que é acalmado pela palavra de ordem dEle.
A segunda razão para a nossa obrigação quanto ao dever de estarmos satisfeitos é a promessa de Deus: porque Ele tem dito: "eu nunca te deixarei, nem te desampararei." (Hb 13.5).
Aqui, Deus tem se compromissado conosco quanto a prover nossas necessidades. Veja como Ele tem feito aqui a promessa ao crente, para a sua segurança.
Em tempos de dificuldades Deus disse a Jeremias em relação àqueles que nEle confiavam: “Deixa os teus órfãos, eu os guardarei em vida; e as tuas viúvas confiem em mim.”(Jer 49.11). Isto é muito aplicável aos pais de família que temem empobrecer ou morrerem deixando de prover esposa e filhos. Deus promete que proverá os órfãos e as viúvas. E se Deus tem feito uma promessa a nós Ele jamais deixará de cumpri-la. Que desculpa então teremos para não estarmos contentes, em face da possibilidade da pobreza e da morte?
Seriam os dias difíceis que vivemos uma boa desculpa para o nosso descontentamento?
Como poderia sê-lo se foi o próprio Deus que nos chamou a viver em nossa própria época conforme a Sua infinita sabedoria?
O Deus sábio tem ordenado a nossa condição neste mundo; se Ele quiser que as condições sejam favoráveis à nossa prosperidade, e para que abundemos nela, Ele o fará, e se ao contrário, quiser que as condições trabalhem para que tenhamos escassez, Ele de igual modo o fará, e devemos ser achados contentes em toda e qualquer condição, porque estamos simplesmente à disposição de Deus.
Deus vê, na Sua infinita sabedoria que a mesma condição não é conveniente para todos; que aquilo que é bom para um, pode ser ruim para outro; uma época de tempo não servirá às ocasiões de todos os homens, uma pessoa precisa de sol, outra de chuva; assim não é prevista prosperidade para todos, nem de igual modo a adversidade.