Caminhando na Luz
“1 Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados;
2 e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
3 Mas a prostituição, e toda sorte de impureza ou cobiça, nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos,
4 nem baixeza, nem conversa tola, nem gracejos indecentes, coisas essas que não convêm; mas antes ações de graças.
5 Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus." (Ef 5.1)
A prova do nosso amor a Deus é dada por meio de uma andar em santidade, e para isto se faz necessário andar na graça e no poder do Espírito Santo para se vencer todas as práticas pecaminosas que são nomeadas pelo apóstolo Paulo.
É fácil entender porque toda forma de impureza e de pecado devem ser deixados pelos cristãos para se revestirem de um modo santo no viver deles.
É porque será exatamente por causa destas impurezas e pecado que Deus condenará eternamente ao inferno aqueles que não foram justificados e purificados destas coisas pelo sangue de Jesus.
O salário do pecado é a morte em todas as suas formas: física, espiritual e eterna.
É por causa do pecado que há condenação e morte.
Como podem então os cristãos abrigar a idéia de que podem viver no pecado, e ao mesmo tempo agradarem a Deus?
Por isso o apóstolo disse nos versos 5 a 7:
“5 Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.
6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.
7 Portanto não sejais participantes com eles;”.
Tais palavras dispensam maiores comentários.
Lembramos somente que ele disse que nenhum, devasso, impuro ou avarento tem herança no reino de Cristo e de Deus, e como poderíamos esperar as bênçãos de Deus, enquanto vivemos seguindo a inclinação da carne ainda que não em devassidão ou avareza, mas em impureza?
Deus nos criou para vivermos no Seu amor, e a prova de que O amamos está no fato de guardarmos os Seus mandamentos, obedecendo a Sua vontade, de forma livre, amorosa e voluntária, no Espírito.
Onde falta isto, há rebelião, inimizade contra o Senhor, e justo Juiz que é, não poderá deixar seus praticantes na impunidade.
Ele se mostrará longânimo e continuará manifestando o Seu favor e graça somente àqueles que ainda que errados, ignorantes e imperfeitos, desejam sinceramente conhecer e fazer a Sua vontade, e que nunca usam a imperfeição e fraqueza deles como justificativa para continuarem errando e na prática deliberada do pecado.
Nós não somos mais as trevas que éramos no passado, e se somos luz no Senhor, devemos andar como filhos da luz, porque a iluminação do Espírito na nossa vida, e da nossa vida para os outros, não pode se manifestar se não andarmos na verdade, nesta luz que não é da terra, mas do céu.
Paulo está dizendo o mesmo que o apóstolo João diz no primeiro capítulo da sua primeira epístola. Há concordância no ensino deles porque é a mesma verdade que nos convém obedecer conforme é da vontade de Deus, como se afirma no verso 8.
Este andar na luz tem o seu próprio fruto que é toda bondade, justiça e verdade, e tudo aquilo que é agradável ao Senhor, como vemos nos versos 9 e 10.
Deste modo não pode haver comunhão entre luz e trevas, e isto impõe aos cristãos que não podem mais viver em sociedade com as obras infrutíferas das trevas; ao contrário devem rejeitá-las e reprová-las porque esta é a vontade de Deus para com os Seus filhos, como se afirma no verso 11.
Os cristãos não podem viver em comunhão com as trevas. Eles foram resgatados das trevas para viverem na luz.
As obras das trevas são geralmente feitas em oculto, o que comprova que são condenáveis, de outra sorte seriam feitas claramente.
Elas são vergonhosas em sua própria natureza. E assim são condenadas quando manifestadas pela luz, como se lê nos versos 11 a 13.
Aqueles que se levantarem entre estes que estão no mundo, dormindo o sono da morte, por causa das trevas em que vivem, serão iluminados por Cristo, de maneira que poderão ser transportados das trevas para a Sua luz, como Paulo afirma no verso 14.
Os cristãos devem portanto ajudar tais pessoas a saírem das trevas em que elas se encontram e não irem para as trevas em que elas estão.
Importa que venham para a luz, e aqueles que Deus mover para saírem das trevas e que se submeterem a esta ação divina, devem ser ajudados pelos cristãos, tal como Pedro ajudou Cornélio no passado.
Não temos a missão de obrigar as pessoas a virem para a luz de Cristo, até mesmo porque muitos permanecerão como escarnecedores do evangelho por toda a sua vida, e a eles se aplica o mandamento de Cristo que não devemos lançar nossas pérolas e coisas santas aos cães e aos porcos, porque desprezarão e pisarão estas pérolas e coisas santas.
Não devemos portanto fazer um uso inadequado das coisas de Deus.
Mas a todo que vier voluntariamente a se colocar debaixo da pregação do evangelho, e a se interessar pelas coisas do reino de Deus, devemos prestar o nosso auxílio em amor para que possam também vir para a luz do Senhor.
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