Precisamos de Longanimidade
A longanimidade é uma atitude pessoal de não se irar com facilidade e rapidamente em relação aos outros.
Portanto, ao tratarmos de assuntos como a ira de Deus, que é um dos Seus atributos, sobre assuntos relativos ao Seu juízo, e ao inferno, não devemos esquecer de que Deus é longânimo, e que por isso, muitas vezes retarda o Seu juízo, dá oportunidades imensas aos Seus inimigos para se arrependerem, suporta com muita longanimidade as iniquidades dos vasos de ira, e não se permite ter qualquer perturbação de mente por causa das transgressões deles. E é particularmente neste aspecto que Jesus nos chama a imitar o Seu próprio exemplo de mansidão e humildade, que são a base da sua completa longanimidade. De outra forma, por exemplo, como o próprio apóstolo Paulo poderia ter sido salvo, a não ser pela completa longanimidade de Jesus, da qual ele dá testemunho em I Tim 1.16, porque afinal foi perseguidor da Igreja antes da sua conversão. Ele afirma ser o principal dos pecadores por causa desta perseguição da Igreja, ao qual Jesus demonstrou que é de fato totalmente longânimo, porque de outra forma não lhe teria perdoado e teria executado o Seu juízo sobre ele desde há muito. Mas como é paciente na expectativa de que o pecador se arrependa e se converta, ele pôde ser salvo, assim como todos aqueles que têm sido alvo da longanimidade de Deus, porque não foi longânimo somente para com ele, Paulo, mas é para com todos os pecadores.
"mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, o principal, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, a fim de que eu servisse de exemplo aos que haviam de crer nele para a vida eterna." (I Tim 1.16).
Por isso é preciso ter cuidado para não esquecermos que Deus é longânimo, especialmente quando pregamos temas sobre a Sua ira e juízos, ou quando exercemos a disciplina na Igreja, porque Deus permanece longânimo, misericordioso e amoroso,apesar de ser terrível a Sua ira e de ser poderoso em Seus juízos, e é por isso que somente Ele pode julgar com perfeita justiça, porque ao julgar não deixa de ser longânimo e misericordioso.