SEPTUAGÉSIMA AULA DE TEOLOGIA.
SEPTUAGÉSIMA AULA DE TEOLOGIA.
POR HONORATO RIBEIRO.
A partir do século XX, houve um fenômeno de exclusão de muita gente que se dizia ser católico mudando-se de igreja. Será que era mesmo católico? Será que conhecia profundamente os ensinamentos catequéticos, doutrinário e seus preceitos rituais litúrgicos da Igreja? Ou somente aprendeu o catecismo em tempo de criança e cresceu com a catequese de criança, indo à igreja assistir à santa missa sem saber nada de sua liturgia? Será que lia a Bíblia e sabia a importância de entender a palavra de Deus e por em prática? Será que fez curso bíblico ou pelo menos um curso de dois anos de teologia? Digamos que essas pessoas nunca souberam o dever e como viver como cristão. Nunca leram a Bíblia, pois, entre católicos poucos são os que leem a Bíblia e poucos são os que a têm. Quando a têm usam como um talismã: Aberta nos salmos a deixar que a poeira a corroa. Afirmam os que hoje são evangélicos: “Eu hoje me encontrei com Cristo, pois, eu era católico vivia cego sem saber de nada. Hoje eu leio a Bíblia e estou salvo”. Tudo bem, ótimo, pois agora conhece a palavra de Deus lendo de seu jeito a Bíblia. Mas e a vida espiritual mudou em alguma coisa? Vive realmente essa espiritualidade a viver como cristão, cristã ecumenicamente? Mas peço-lhes duas coisas para ser cristão: Primeiro ser humilde e não arrogante como o fariseu e o publicano da parábola contada por Jesus. Não pode viver atirando bala a toda direção com uma ação anticristã sentando no trono como se fosse Deus e afirmar: Esse vai para o céu, porque saiu da Igreja católica; aquele vai para o inferno porque é católico adorador de ídolos. Segundo, é afirmar que era católico sem entender de nada sobre a doutrina católica; não foi catequizado não fez curso bíblico e nem de liturgia e sem entender nada sobre rituais litúrgicos. Afirmo, coerentemente, que não posso generalizar, pois conheço muitos que respeitam a liberdade religiosa de qualquer um e não julga ninguém atirando pedra como um fariseu. Tenho muitos pastores evangélicos e pessoas de outras igrejas cristãs que são meus amigos e que não são fanáticos e respeitam outras religiões sem fazer críticas julgando quem não pertence às suas igrejas. Há, também, católicos que são radicais e criticam, julgam, condenam os que não são católicos. Esses de ecumenismo e de catolicismo não sabem de nada. São tipos de católicos tradicionalistas que dependuram o terço na cabine de seus carros sem saber rezar; usam apenas como talismã como se o terço tem poder divino. Usam a religião com ideia supersticiosa ou fetichismo, mas não praticam o que ensina a Igreja católica: Sendo solidário a viver a partilha amando uns aos outros como mandamento do amor.
Agora eu vou falar sobre catequese aos católicos. Para ser católico da Igreja Católica Apostólica Romana, com sua sede no Vaticano, sendo o vigário de Cristo e sucessor de Pedro, está representado pela Sua Santidade o Papa Francisco. [Primeiro Papa da América Latina]. É o chefe espiritual da igreja peregrina aqui na terra: Povo de Deus. Ele é o pastor infalível quando ensina a doutrina cristã que são os ensinamentos de Jesus escritos no Novo Testamento. Toda Escritura, a Bíblia é a palavra de Deus à humanidade. O Antigo Testamento é um livro Sagrado, pedagógico em preparação para vinda do Messias. Ele [o Antigo Testamento] nos conta a historicidade de Cristo que falava pelos profetas anunciando a chegada do Messias até a sua morte e ressurreição. [Foi Ele que falou pelos profetas]. Jesus veio, o novo Adão, mostrar a todos nós que é possível viver a perfeição a que Adão não quis viver. Ele é o novo Moisés para unir o Antigo ao Novo. Agora tudo é novo, pois Jesus é a revelação do Pai e ninguém poderá ir ao Pai se não for por Ele. [Ir ao Pai significa oração, rogo, louvou, e pedido só receberão se for dirigido a Ele, Jesus Cristo].
Toda a Bíblia é um livro de gênero literário teológico que se concentra num ponto central e pedra fundamental da Igreja Universal que é Jesus Cristo. Por Ele todas as coisas foram feitas. Por Ele todos nós fomos salvos pela sua ressurreição. Ele é a Igreja que veio nos salvar. Jesus é a pedra fundamental da Igreja. Ele é a cabeça e nós somos seu corpo místico. Ele, antes de sua Paixão e morte de cruz e Ressurreição, celebrou com os apóstolos a Páscoa: Celebração eucarística transformando o pão em seu corpo e o vinho em seu sangue. [transubstanciação] Mas, antes ele quis lavar os pés dos apóstolos e continua a nos lavar os pés: Com a sua palavra, com o alimento eucarístico, com o seu servir a todos com a presença de Espírito Santo. Ele continua a lavar os nossos pés porque ele sempre está intercedendo por nós junto ao Pai. Não podemos separar a paixão da ressurreição, pois, ambas têm os mesmos sentidos de salvação. Pela paixão e morte de cruz Ele desceu às sepulturas, atravessou a morte destruindo-lhe e ressuscitou gloriosamente. Por isso é que a Paixão é a glória de Deus para a humanidade porque é salvífica. Não é a glória do mundo que são as fantasias e sucessos. A glória de Deus é para o alto, para o Reino do céu. Esse grande milagre, esse grande acontecimento foi a primeira missa, ou celebração eucarística que Jesus realizou junto com os apóstolos e disse Jesus. “Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é o meu sangue, o sangue da Nova e Eterna Aliança derramado por todos em remissão dos pecados.” (Mt 26, 26-28). A celebração eucarística realizada antes e continuada até o fim dos séculos: “Fazei isto em memória de mim”. [Memória da paixão, morte e ressurreição].
A Igreja continua essa celebração eucarística. “Fazei isso em memória de mim... Eis que estarei convosco até a consumação do século”. Por isso a igreja celebra essa ceia do Senhor todos os dias, desde o nascer ao por do sol. Será celebrado um sacrifício expiatório para toda humanidade.
Enquanto Jesus estava presente, o Jesus terrestre, ele e o Pai eram um só. Depois que ele foi para junto do Pai, ascendendo, ele enviou o Paráclito, a fim de que, através Dele, Jesus permanecesse em espírito dentro do coração de cada cristão. É uma revelação interna e não externa. Ele, através do Paráclito [Espírito Santo] continua a ensinar, a iluminar e conduzir a todos no caminho [que é Ele] para o Reino dos céus. Como homem Deus ele era também o Paráclito; depois da sua ascensão ele desceu em forma de língua de fogo; um vento forte [teofania] e pousou sobre cada um dos apóstolos e discípulos. Jesus, em forma do Paráclito, permanece governando a Igreja; Ele está presente nas comunidades dos fiéis dando-lhes a luz para guiar-lhes no caminho do Reino eternamente. Como ele está presente na palavra, nos sacramentos e na liturgia, o papa [primeiro bispo] e todo o clero com toda a assembleia possuída da fé a Igreja é Santa e infalível, pois, é, a Igreja, assistida pelo Espírito Santo, o Paráclito prenhe de Jesus, o Deus em sua glória, o “Logos”, a Sabedoria.
hagaribeiro.