LITURGIA DA PALAVRA 04 AGOSTO 2013
LEITURAS QUE SERÃO PROFERIDAS NO MUNDO TODO NAS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS NO PRÓXIMO DIA 04/08/2013
FONTE: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br
18º DOMINGO DO TEMPO COMUM
MÊS VOCACIONAL: VOCAÇÃO PARA OS MINISTÉRIOS ORDENADOS
PADRES, DIÁCONOS E BISPOS
ANIMADOR:
Iniciamos o mês de agosto, que é dedicado à oração, reflexões
e ação nas comunidades sobre o tema das vocações.
A primeira semana enfoca a vocação para o ministério ordenado
de diáconos, padres e bispos; a segunda ressalta a família, a
terceira destaca a vida consagrada e, por fim, a quarta, os
ministérios e serviços na comunidade. Então, nesta semana
elevemos nossas preces por todos os que exercem ou se
preparam para os ministérios ordenados. Não nos esqueçamos
de pedir ao Senhor da messe que envie santas e abnegadas
vocações sacerdotais e diaconais. Aproveitemos para rezar
pelo 11º Curso de Aprofundamento Teológico e Pastoral do
Clero Arquidiocesano a ser realizado em Itaici,
na próxima semana.
ANIMADOR:
A verdadeira riqueza está no amor a Deus e no serviço ao
próximo: Ouçamos com atenção.
PRIMEIRA LEITURA (Ecl 1, 2; 2, 21-23)
Leitura do Livro do Eclesiastes.
2 “Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das
vaidades! Tudo é vaidade”.
2,21 Por exemplo: um homem que trabalhou com
inteligência, competência e sucesso, vê-se obrigado a
deixar tudo em herança a outro que em nada colaborou.
Também isso é vaidade e grande desgraça.
22 De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e
preocupações que o desgastam debaixo do sol?
23 Toda a sua vida é sofrimento, sua ocupação,
um tormento. Nem mesmo de noite repousa o seu coração.
Também isso é vaidade
- Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.
7. SALMO RESPONSORIAL 89(90)
VÓS FOSTES, Ó SENHOR, UM REFÚGIO PARA NÓS! (BIS)
1. Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis:
“Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós
são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
2. Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva
verde pelos campos: De manhã, ela floresce vicejante,
mas à tarde é cortada e logo seca.
3. Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso
coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando
tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!
4. Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos
de alegria, todo o dia! Que a bondade do Senhor e
nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza!
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
SEGUNDA LEITURA (Cl 3, 1-5.9-11)
Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses
Irmãos:
1 Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as
coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita
de Deus; (2)aspirai às coisas celestes e não às coisas
terrestres.
3 Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida,
com Cristo, em Deus.
4 Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo,
então vós aparecereis também com ele,
revestidos de glória.
5 Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra:
imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça,
que é idolatria.
9 Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem
velho e da sua maneira de agir (10)e vos revestistes
do homem novo, que se renova segundo a imagem do seu
Criador, em ordem ao conhecimento.
11 Aí não se faz distinção entre grego e judeu, circunciso
e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre, mas Cristo
é tudo em todos. -
- Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
EVANGELHO (Lc 12,13-21)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
T. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, (13)alguém, do meio da multidão, disse a
Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança
comigo”.
14 Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar
ou de dividir vossos bens?”
15 E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo
de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas
coisas, a vida de um homem não consiste na
abundância de bens”.
16 E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu
uma grande colheita.
17 Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer?
Não tenho onde guardar minha colheita’.
18 Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar
meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar
todo o meu trigo, junto com os meus bens.
19 Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma
boa reserva para muitos anos. Descansa, come,
bebe, aproveita!’
20 Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão
de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’
21 Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo,
mas não é rico diante de Deus”
- Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor
COMENTÁRIOS DOEVANGELHO
A liturgia deste domingo nos fala de partilha, mas não daquela partilha do jeito que Deus ensina. Fala de uma divisão gananciosa, fala de herança. Como se diz em linguagem jurídica, fala de divisão obrigatória, legal e de direito.
Onde quer que Jesus esteja sempre tem alguém ao seu redor pedindo alguma graça ou favor. Nesta passagem do Evangelho, Jesus é solicitado para resolver problemas de dinheiro. Jesus aproveita o exemplo destes dois irmãos para entrar no assunto que pretendia
Jesus não quis se envolver com problemas de herança, mas não perdeu a oportunidade para mostrar o valor da herança espiritual. Usou como exemplo o comportamento desses irmãos para mostrar para toda multidão que não são os bens materiais que trazem segurança e felicidade.
São outros os tesouros que devem ser acumulados, diz Jesus. O tesouro que Jesus se refere, chama-se partilha, porém no seu verdadeiro sentido. Para Jesus, partilha vai muito além da obrigação e da lei dos homens. A verdadeira partilha é fruto do amor e, é espontânea, por isso traz mais satisfação para quem distribui do que para quem recebe.
A parábola narrada por Jesus mostra o comportamento de um homem avarento e ambicioso, que tem uma única preocupação; trabalhar para enriquecer ainda mais, pois já era rico. Seus celeiros estavam lotados e já não tinha mais onde armazenar o produto de sua colheita.
Pouco sabemos sobre ele, porém podemos concluir que não lembrou-se dos necessitados, nem quis saber dos miseráveis e famintos. Certamente sentia-se isento de culpa pela péssima distribuição de renda e não se achava responsável pelos desempregados e sem terras que, certamente, já existiam naquela época.
Nem sequer pensou naqueles lavradores que, em troca de um mísero salário, plantaram e colheram para ele. Considerava um desperdício vender a colheita a preço acessível e uma loucura doar parte dela. Nunca lhe passou pela idéia investir uma parte de seus bens para gerar empregos e amenizar a fome.
Esta parábola deve servir de alerta para cada um de nós. Ninguém está proibido de trabalhar e de poupar para o futuro, porém é preciso lembrar que o nosso tempo de vida não é proporcional ao volume de dinheiro e de bens que acumulamos.
Nada mais justo do que agradecer a Deus se hoje estamos radiantes de alegria e sem problemas de saúde ou financeiros. Agradecer também pelo dinheiro e pelos bens. No entanto, não é segredo que essa calmaria não é perpétua. Só temos uma certeza, sabemos que estamos vivos agora, mas nada sabemos sobre o próximo minuto, quanto mais do amanhã. Isso é válido para o pobre e para o rico.
O rico perante Deus é aquele que não acumula riquezas para si, mas sim para o bem do próximo. Trabalha de sol a sol para o bem comum, não é avarento e muito menos esbanjador. Sabe valorizar seus bens, porque são necessários para a sobrevivência e para uma vida digna.
O rico de verdade, sabe distribuir amor e, acima de tudo, sabe que basta manter seus celeiros transbordantes de boas obras, para garantir a sua parte na Herança Eterna.
jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br - 04/agosto/2013