Meditação sobre o Sábado do Silêncio
Jesus foi crucificado, morto e sepultado num sepulcro emprestado, justamente por um membro do Sinédrio que O havia condenado. José de Arimatéia se dizia discípulo de Jesus, mas às escondidas.Admirava-O, acreditava na sua doutrina porém não teve a coragem de assumir a sua fé publicamente e muito menos de dar uma única palavra a seu favor.Isto lhe custaria a posição de destaque que ocupava e é muito difícil perder o poder, optar pela verdade.
O corpo de Jesus foi ligeiramente embalsamado com uma mistura de mirra e aloés trazida por Nicodemos, outro membro do Sinédrio . O tempo era pouco, era preciso ter pressa, pois a Páscoa se aproximava. Com estes perfumes seria retardada a decomposição do corpo de Jesus.
Após o sepultamento João levou Maria para casa. Jesus a havia confiado a ele. A partir dali ele seria seu filho e ela a sua Mãe, conforme a vontade de Jesus.
Tudo era silêncio. Um sábado silencioso, nostálgico, reflexivo para todos e acredito que até para a própria natureza que havia se pronunciado na hora da morte de uma maneira excepcional, jamais vista pelos judeus e romanos.
Os responsáveis pela morte de Jesus estariam em Paz? Acredito que não! Estavam aliviados por terem suas posições de destaque garantidas, sem a ameaça daquele que se dizia Rei, Messias, Filho de Deus. No entanto temerosos porque o espetáculo que presenciaram na hora da morte daquele que eles condenaram como salteador, baderneiro, maldito lhes fazia provavelmente refletir. Ninguém jamais presenciara ou ouvira falar em algo parecido. O temor, a dúvida, o remorso talvez, se misturassem à sua ganância, ao seu egoísmo, à sua auto suficiência, enfim aos seus sentimentos.
Seria realmente o crucificado o Filho de Deus? Por via das dúvidas havia sido providenciada uma guarda para o túmulo que se encontrava lacrado pelo Sinédrio.Era preciso observar se os discípulos ousariam de lá se aproximar.
Os discípulos... qual era o comportamento destes? Judas no desespero por não ter como voltar atrás, não teve a humildade de pedir perdão e suicidou-se. Pedro chorava amargamente a sua covardia. Como pôde negar o Mestre três vezes? Os outros amedrontados se encontravam escondidos. Temiam ser presos e mortos como o Mestre. Junto a eles se encontravam também as mulheres e João, os que estiveram ao pé da cruz até o fim sem temer nada.
As mulheres comentavam sobre o embalsamamento provisório do corpo de Jesus e combinavam ir até o túmulo, após o sábado – dia do Senhor, dia do descanso - para o embalsamamento definitivo, como Ele merecia, com óleo e bálsamo. Quem sabe na madrugada do domingo.
Tudo parou! Até a própria natureza esperava o cumprimento das Escrituras.
Também nós, devemos parar e silenciosamente meditar em tudo que aconteceu com Jesus de Nazaré e acontece hoje com milhões de Jesus. Ele mesmo disse que estaria na pessoa do irmão. E quantos hoje são desrespeitados na sua dignidade de pessoa humana. Quantos passam por supremas agonias, por flagelações, por julgamentos injustos...Quantos são mortos injustamente.
Que bom seria se os governantes tivessem a graça de abrir o coração e a mente para rever a situação do nosso povo que é semelhante à do povo de há dois milênios atrás.
Com som em:
http://www.marineusantana.recantodasletras.com.br/
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Jesus foi crucificado, morto e sepultado num sepulcro emprestado, justamente por um membro do Sinédrio que O havia condenado. José de Arimatéia se dizia discípulo de Jesus, mas às escondidas.Admirava-O, acreditava na sua doutrina porém não teve a coragem de assumir a sua fé publicamente e muito menos de dar uma única palavra a seu favor.Isto lhe custaria a posição de destaque que ocupava e é muito difícil perder o poder, optar pela verdade.
O corpo de Jesus foi ligeiramente embalsamado com uma mistura de mirra e aloés trazida por Nicodemos, outro membro do Sinédrio . O tempo era pouco, era preciso ter pressa, pois a Páscoa se aproximava. Com estes perfumes seria retardada a decomposição do corpo de Jesus.
Após o sepultamento João levou Maria para casa. Jesus a havia confiado a ele. A partir dali ele seria seu filho e ela a sua Mãe, conforme a vontade de Jesus.
Tudo era silêncio. Um sábado silencioso, nostálgico, reflexivo para todos e acredito que até para a própria natureza que havia se pronunciado na hora da morte de uma maneira excepcional, jamais vista pelos judeus e romanos.
Os responsáveis pela morte de Jesus estariam em Paz? Acredito que não! Estavam aliviados por terem suas posições de destaque garantidas, sem a ameaça daquele que se dizia Rei, Messias, Filho de Deus. No entanto temerosos porque o espetáculo que presenciaram na hora da morte daquele que eles condenaram como salteador, baderneiro, maldito lhes fazia provavelmente refletir. Ninguém jamais presenciara ou ouvira falar em algo parecido. O temor, a dúvida, o remorso talvez, se misturassem à sua ganância, ao seu egoísmo, à sua auto suficiência, enfim aos seus sentimentos.
Seria realmente o crucificado o Filho de Deus? Por via das dúvidas havia sido providenciada uma guarda para o túmulo que se encontrava lacrado pelo Sinédrio.Era preciso observar se os discípulos ousariam de lá se aproximar.
Os discípulos... qual era o comportamento destes? Judas no desespero por não ter como voltar atrás, não teve a humildade de pedir perdão e suicidou-se. Pedro chorava amargamente a sua covardia. Como pôde negar o Mestre três vezes? Os outros amedrontados se encontravam escondidos. Temiam ser presos e mortos como o Mestre. Junto a eles se encontravam também as mulheres e João, os que estiveram ao pé da cruz até o fim sem temer nada.
As mulheres comentavam sobre o embalsamamento provisório do corpo de Jesus e combinavam ir até o túmulo, após o sábado – dia do Senhor, dia do descanso - para o embalsamamento definitivo, como Ele merecia, com óleo e bálsamo. Quem sabe na madrugada do domingo.
Tudo parou! Até a própria natureza esperava o cumprimento das Escrituras.
Também nós, devemos parar e silenciosamente meditar em tudo que aconteceu com Jesus de Nazaré e acontece hoje com milhões de Jesus. Ele mesmo disse que estaria na pessoa do irmão. E quantos hoje são desrespeitados na sua dignidade de pessoa humana. Quantos passam por supremas agonias, por flagelações, por julgamentos injustos...Quantos são mortos injustamente.
Que bom seria se os governantes tivessem a graça de abrir o coração e a mente para rever a situação do nosso povo que é semelhante à do povo de há dois milênios atrás.
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