VIGÉSIMA QUARTA AULA DE TEOLOGIA.

VIGÉSIMA QUARTA AULA DE TEOLOGIA.

POR HONORATO RIBEIRO.

Vigésima quarta aula ].

Quando Jesus levava a cruz às costas, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, [Esse Simão é pai de Alexandre e de Rufo], a quem obrigaram a levar a cruz de Jesus. Devemos entender que era somente o braço transversal da cruz e não a cruz inteira como conhecemos nos quadros da “Via Sacra” feito por artistas pintores. Tanto Mateus, Marcos e Lucas falam a mesma coisa quanto ao homem que vinha do campo que se chamava Simão. [Foi um das testemunhas convertidos ao cristianismo para ajudar a escrever o evangelho junto à comunidade.] A trave foi colocada, encaixada, quando pregaram Jesus na cruz, horizontalmente e suspenderam com Ele. Todos os três evangelistas falam de dois ladrões, um de cada lado de Jesus. João não diz que são bandidos e nem ladrões os dois que foram crucificados ao lado de Jesus. Apenas diz que Jesus foi crucificado entre dois. Muitas são as imagens de Jesus e as dos dois ladrões na arte esculpida pelos estatuários, e pintores de quadros, porém, quem as esculpiu, mostra somente Jesus pregado e com uma coroa de espinhos à cabeça. Mas Jesus foi pregado na cruz sem coroa de espinho e sem o pano em volto como uma frauda. Ele foi crucificado nu, despojado de suas vestes. Nem encontramos nos evangelhos falando que Jesus foi crucificado com a coroa de espinhos na sua cabeça como mostra sua imagem desenhada e esculpida por artistas. É mais uma demonstração o quanto Jesus sofreu e foi humilhado no alto da cruz. Mostra-nos uma imagem dos sofrimentos de Jesus que o artista, na sua inspiração e imaginação esculpiu bem com os cravos nas mãos ao invés de serem nos pulsos. Os dois ladrões aparecem sendo amarrados para diferenciar de Jesus. Havia, também, a crucificação amarrados com cordas, mas a de Jesus foi realmente pregado, pois Lucas afirma que Jesus apareceu aos discípulos e disse-lhes: “Por que estais perturbados, e por que essas dúvidas nos vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo: Apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho”. [Muito difícil esse relato, pois a sua ressurreição é um mistério]. Mas, na realidade, todos os três condenados foram pregados, também, pois, era assim a sentença em obediência à Lei Romana. Como também os ladrões foram flagelados. Existia uma lei severa dos romanos que, quando o condenado era crucificado, não permitia a ninguém, nem amigos, parentes assistirem ao suplício da cruz. Portanto, Jesus morreu sozinho abandonado pelos amigos, apóstolos e de sua própria mãe; e de seu próprio Pai. Mas o Pai fez Jesus destruir a morte e ressuscitar, para que todos nós fôssemos ressuscitados com Ele e vivermos eternamente no Reino dos céus. Essa foi a entrega de Jesus para morrer por toda humanidade. Carregou consigo os pecados de toda humanidade para a salvação de todos. Aqui, nesse relato, explica teologicamente o relato de João no capítulo [Jo. 19, 25-27]. Na realidade nenhuma das mulheres e nem tampouco João estavam ao pé da cruz. Nesse relato o evangelista João fala da união, da solidariedade que a sua mãe, Maria, bem como outras mulheres e João, mesmos distantes compartilharam com a Paixão e morte de Jesus. Não importa a distância, pois, Jesus sendo Deus estava presente e juntamente com os seus apóstolos, mãe e amigas, mesmo sofrendo na cruz. Para Deus não há distância, e nem lugar [calvário], porque ele é Onipresente, isto é, em todos os lugares, no mesmo tempo. A lei de estado romano não permitia, também, que os corpos dos condenados fossem sepultados. Teria que apodrecer sendo crucificado. Peço-lhe que imprima.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 23/06/2013
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