O ESPÍRITO DE ROUSSEAU REENCARNOU COMO PAULO FREIRE
Os espíritos evoluídos continuam sua obra nas futuras encarnações ou começam um novo trabalho partindo do zero? Nenhum espírito, ao reencarnar, começa do zero. Não há dúvida de que os pensadores nascem e renascem neste mundo, dão continuidade aos seus ideais de reforma da humanidade e, ao mesmo tempo, são inspirados por outros espíritos desencarnados que atuam na mesma área. Allan Kardec, por exemplo, numa de suas encarnações passadas, foi um sacerdote druida e conhecia os mistérios do espírito e da reencarnação. Reencarnou para continuar a sua obra. Outro exemplo: O filósofo e educador Paulo Freire, autor de vários livros sobre pedagogia, foi, numa vida passada, o escritor e pensador suíço Jean Jacques Rousseau, autor de Emílio, uma obra pedagógica muito importante sobre a concepção de uma educação mais alinhada com a natureza, que propõe métodos de ensino onde a criança deve ser respeitada e não vista como um adulto em tamanho pequeno, conforme propõe a Escola Nova. Após desencarnar na França, em 1778, deixando para trás uma obra monumental que criticou e mudou o pensamento medieval sobre o conceito de criança e de desenvolvimento humano, o espírito do filósofo suíço reencarnou no Recife, Pernambuco, em 17 de setembro de 1921, para continuar sua missão de libertar as crianças da concepção limitada dos adultos e promover a reforma do ensino no mundo. O espírito de Paulo Freire desabrochou toda a inteligência construída por Rousseau durante sua atuação como enciclopedista ao lado do filósofo Denis Diderot e outros. Não demorou muito, assim como defendeu as crianças, enquanto encarnado como Rousseau, Paulo Freire defendeu a alfabetização dos adultos. Portanto, conforme ensina o Espiritismo, a reencarnação do espírito, sendo uma oportunidade, para muitos, de quitar débitos morais contraídos em vidas passadas, é também um processo pelo qual os espíritos missionários, em diversas áreas do conhecimento humano, têm a oportunidade de dar prosseguimento aos seus ideais científicos e projetos de reforma da humanidade. E o fazem também quando estão desencarnados. Por exemplo, antes de reencarnar no Brasil, o espírito de Paulo Freire, desencarnado, atuou, em vários momentos, como mentor espiritual da educadora Anália Franco, instruindo-a, mostrando-lhe os caminhos da caridade social e inspirando-a como protagonista do desenvolvimento moral da humanidade. De tal forma que, na concepção do Espiritismo, os espíritos e as ideias, no Plano Espiritual ou no Plano Material, estão conectados e em dinâmico processo de mediunidade intuitiva.
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