Ondas de Bálsamo






Ave-Maria.
O dia expira.
A noite desce...
Das cores magníficas 
do crepúsculo
A natureza veste-se.
A atmosfera parece
impregnada de calma...
E atua como um bálsamo
Sobre as pobres almas,
que necessitam desse relicário.
É que no espaço
flutuam as ondas que 
brotam do campanário.

Ondas plangentes
que tem o poder divino
de soerguer as forças
do espírito abatido...
Ondas que penetram
os lares dos ricos esquecidos.
Esquecidos do céu e...
dos pobres empobrecidos,
vergados para a  terra 
pelos anos de sofrimento.

Ondas que visitam
a pessoa de estudos
em seu escritório...
E o operário, que deixa a
sua oficina, alquebrado
pela canseira do dia.

Ondas que percorrem os campos
e as moradias dos lavradores
e deslizam pelo mar
para simplesmente, do céu falar
aos barqueiros que voltam:
famintos, 
sedentos, 
fatigados,
da pescaria.

Ave-Maria,
fonte de esperança
para todos que habitam
esta terra ingrata e
se sentem abatidos...
porque não se refugiaram
no manto sublime da 
Virgem Maria!


Aparecida Ramos e Autor Desconhecido
Enviado por Aparecida Ramos em 21/02/2013
Código do texto: T4152470
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