Pequenos "cristos"
Hoje o Senhor falou uma coisa muito linda ao meu coração, enquanto ainda me preparava para ir trabalhar. Ele me levou a pensar no significado das frases: “ser igual a Cristo”, “ser imitadores de Jesus”, ou ainda “ser pequenos Cristos por onde passarmos”. O que e como seria isso?
É tão simples, e nós complicamos tanto. Pensamos que para sermos iguais a Cristo é necessário fazer tudo o que Ele fez, mas nos atemos somente para as maravilhas, as curas e os milagres. Olhamos somente para as “grandes” obras que Jesus realizou. Não olhamos, porém, para o que estava por detrás. Ele não somente fez todas essas coisas, e realmente são coisas lindas que devemos querer fazer também, mas Ele era um filho totalmente submisso ao seu Pai, mesmo quando se sentiu abandonado continuou sendo submisso: “Pai, afasta de Mim esse cálice, todavia, não se faça a Minha vontade, mas a Tua” (Lc 22:42). Essa submissão não partia do medo de ser castigado, mas do amor que tinha por Seu Pai e por se sentir amado por Ele.
Jesus também olhava para as pessoas desprezadas da sociedade, os marginalizados, os pobres, as viúvas e dava a elas o que precisavam. Sabia reconhecer suas qualidades e se atentava para as intenções mais nobres dos corações, como aconteceu com aquela viúva que tinha apenas duas pequenas moedas para ofertar. Em Mateus 12:41-44, podemos ver que Jesus observava a todos que ofertavam, mas elogiou apenas a viúva.
Ele era um amigo sempre presente. Fiel, que amava acima de todas as coisas e dava a sua vida por seus amigos e deixou esse ensinamento registrado: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Jo 15:13). Importou-se com o sofrimento da viúva que acabara de perder seu único filho. Ele disse ao jovem para levantar-se e o jovem tornou a viver. (Lc 7:11-14). Além disso, Jesus era atencioso, reconhecia o trabalho dos outros (Jo 12:1-7), era um excelente ouvinte, andava lado a lado com seus discípulos ensinando-os o tempo todo. Não perdia uma oportunidade sequer para falar das coisas do Reino de Deus, Ele sempre tinha uma parábola para ilustrar algo espiritual. Preocupava-se em ensinar de maneira que todos pudessem aprender. E nesta caminhada realizou todos os milagres, curas e maravilhas que conhecemos.
A questão é: para sermos “pequenos Cristos”, “imitadores de Jesus”, precisamos andar no mesmo caminho que Ele andou. Sendo filhos submissos; pessoas amorosas; se importar com o sofrimento e ajudar; olhar as pessoas que são desprezadas e dar a elas seus devidos valores; caminhar lado a lado; aproveitar cada oportunidade para ensinar as coisas do Reino de Deus. Dar nossa vida pelos nossos amigos. Vestir a roupa da humildade e fazer tudo isso sem querer reconhecimento humano. Jesus mesmo ensinou que nosso Pai vê tudo que fazemos em secreto e nos recompensa em público (Mt 6:4).
E as curas, milagres, maravilhas? Essas coisas nos acompanharão, como acompanharam Jesus. Serão conseqüência do nosso caminhar diário com o Pai. O filho da viúva tornou a viver porque Jesus se importou e se compadeceu com o sofrimento dela. A multidão foi alimentada, porque Jesus se importou. Todas as coisas lindas aconteceram com Jesus porque, acima de tudo, Ele confiava plenamente em Deus, amava-O e era submisso.
E agora?
Será que somos “pequenos Cristos?”, estamos realmente sendo “imitadores de verdade?”. Ou será que somos apenas devotos? Freqüentamos a igreja por costume e não por amor ao serviço a Deus. Precisamos viver cada dia buscando trilhar o caminho que Jesus trilhou.
Deus te abençoe.
Cari Silva. (29/07/2010 - Título Original: Imitadores de Cristo)