TOME POSSE 100

O nosso Deus é o Deus da simplicidade e dos simples, e não o Senhor da sofisticação e da complexidade. O Deus de Abrão, de Isaac e de Jacó, é revestido de simplicidade, nós é que o complicamos.

Ele fala com Abraão: “Sai da tua terra.” (Gênesis 12,1); fala com Moisés: “Eu vi a aflição do meu povo. Vai, eu te envio ao faraó para retirar do Egito os israelitas, o meu povo.” (Êxodo 3,7.10); manda o seu mensageiro até um jovem da Galiléia para dizer-lhe: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.” (Lucas 1,28). Se Ele falou no passado a pessoas como nós, também hoje Ele fala comigo, com você, através da sua Palavra, de acontecimentos do dia-a-dia.

Abraão era contemporâneo do rei Hamurabi – grande intelectual e legislador do seu tempo. Os códigos de Direito Civil ainda trazem conceitos devidos a este extraordinário rei. No entanto, Deus não o escolhe para realizar a missão que Ele preparara, mas chama o homem da simplicidade, sem ostentação e sem brilho, pagão, politeísta, e o transforma no protagonista do início da história do povo de Deus.

O intelectualismo embota e esconde a simplicidade. Muitos intelectuais não conseguem ouvir a voz de Deus porque permanecem na linha do racional. Deus não se deixa entender nem se encontrar pelo conhecimento, porém se deixa revelar em nosso coração.

A lição que o Mestre dos Mestres traz para nós hoje é ensinamento de gratidão. Uma gratidão que ele faz questão de exaltar, a fim de que possamos nos sensibilizar e vivenciar essa experiência. “Eu te bendigo Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.” (Mateus 11,25)

Que hoje peçamos ao Senhor o dom da simplicidade, o dom da pequenez, para que Ele possa nos revelar a sua vontade, dando-nos o entendimento necessário para essa realização. Lembremo-nos que Ele “derruba do trono os poderosos e exalta os humildes. TOME POSSE!”

ALMacêdo

18/07/2012