TOME POSSE 85

Há mais de dois mil anos , próximo era um termo utilizado para designar pessoas da mesma família, principalmente aquelas de grau de parentesco distante. Não acontecia assim, mas a fim de que tenhamos um entendimento melhor: de pentavô até aos descendentes de hoje, todos eram considerados próximo. Lembra de uma passagem quando abordaram Jesus e perguntaram: “E quem é o meu próximo?”, e ele contou a parábola do Bom Samaritano? Próximo era o ascendente até praticamente a quinta geração.

E estava na Lei que amasse o próximo e odiasse o inimigo. Todos os que estivessem fora do ciclo da “grande família”, deveria ser odiado. Odiado com todas as letras e sem nenhuma restrição. A Lei tinha de ser cumprida.

Jesus chega com uma proposta de cabeça pra baixo. Além de revolucionária, quebrava os vínculos de proximidade. Todos tornar-se-iam próximo do outro. “'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!'

Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” Até hoje ‘carregamos’ na cabeça a ideia de que o centro dos sentimentos é o coração, e que o amor é um sentimento. Nada mais ingênuo e infantil. Tudo isso apenas devido a uma descarga de adrenalina que aumenta os batimentos cardíacos.

O amor centraliza-se na alma e é fruto de uma de-cisão. Cisão é romper, quebrar o que era velho e fazer tudo novo, de uma outra maneira. Os obstáculos do amor – mágoa, rancor, ressentimento, ódio, vingança, falta de perdão – devem ser quebrados, para que o verdadeiro amor possa fluir, começando de nós e não do outro.

É a ação revolucionária pregada por Jesus. Se não tomamos a decisão de nos revolucionarmos “por dentro”, jamais esta revolução se exteriorizará em atos. Cristianismo que não busca em primeiro lugar o outro é egocentrismo.

Queremos ser seguidores de Jesus? Estamos prontos para sermos revolucionários com ele? Então “façamos nascer o sol sobre maus e bons, e cair a chuva sobre os justos e injustos.” Isto é: sede perfeitos. TOME POSSE!

ALMacêdo

19/06/2012

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 19/06/2012
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