TOME POSSE 62

Quando foram reprovados na prova submetida por Deus após a sua criação, o Homem e a Mulher ouviram as palavras mais terríveis que até hoje ressoam e se concretizam no decorrer de séculos e milênios até o fim dos tempos. O afastamento de Deus, através da desobediência e da curiosidade, foi determinante: “Multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores.” – Deus disse à mulher. “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto.” – diz para o homem.

Em poucas palavras, e usando o mínimo de inteligência, haveremos que a causa de todos os sofrimentos, dores, provações, tribulações, desequilíbrios, desarmonias, ódio, vingança, violência, ressentimento, rancor, medos... Tudo é fruto do PECADO, da desobediência, do afastamento da criatura em relação ao Criador. É inerente ao Ser Humano porque ele é o único entre todos os outros animais - “criado à imagem e semelhança de Deus” - e dotado, portanto, de uma alma espiritualizada e inteligente, com capacidade racional e espiritual.

Desligaram-se do Senhor pelo mau uso do livre arbítrio, não demonstrando nenhum tipo de arrependimento que os levasse num ato de humildade a pedir perdão pelo que haviam feito. Não houve outra alternativa: a Justiça de Deus prevaleceu, embora revestida de sua misericórdia. Deus jamais abandona a obra saída de suas mãos.

Da mesma forma que num processo hereditário, o pecado é um vírus de altíssima letalidade que vai contaminando cada um de nós. E com ele vêm os seus sintomas destruidores e mortíferos para mo corpo, a alma e o espírito.

Se tivéssemos a verdadeira consciência do que o pecado é capaz de ‘desrealizar’ em nossa vida, as palavras de Jesus fariam eco em nossos corações: “Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis.” Mas pecamos, e parece que não aconteceu coisa alguma. Apenas com a tendência ao pecado que trazemos desde nossa fecundação – a CONCUPISCÊNCIA – já deveríamos estremecer e fugir dos momentos de queda. O que ocorre é que a carne grita mais do que o espírito, e terminamos caindo. Por isso – no Gêtsemani – na quinta-feira santa, Jesus nos deixa um recadinho valiosíssimo: “Vigiai e orai a fim de não cairdes em tentação. O espírito está preparado, mas a carne é fraca.” Se vivenciássemos essas palavras do Mestre, por certo não cairíamos tanto.

Mas em meio a todas essas desesperanças, tristezas e sentimentos de culpa, vislumbra-se um raio de luz no final do túnel. É a Luz do Mundo que nos dá esse raio: “Também vós agora sentis tristeza, mas eu hei de ver-vos novamente e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.”

Deus me ama. Deus ama você. Em consequência desse amor ele não desistirá de você e nem de mim. Para que fugir daquele que é o Único capaz de nos fazer renascer? Por que nos afastarmos daquele que é o Único que nos poderá restaurar e libertar dos males? Mesmo que você quisesse, mesmo que eu quisesse, não poderíamos. Por quê? É o Salmista que nos dá a resposta: “Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos mortos, lá vos encontrareis também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do mar, é ainda vossa mão que lá me levará, e vossa destra que me sustentará.” TOME POSSE

ALMacêdo

18/05/2012

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 18/05/2012
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