TOME POSSE 61

Há um adágio que diz: “Depois da tempestade vem a bonança.” É uma verdade. O que nos vem à cabeça é o tempo em que essa bonança vai chegar. Demorará pouco, muito, mais ou menos? Não sabemos e nem saberemos. A onisciência é atributo de Deus.

O que nos resta fazer enquanto esperamos? Reascender a fé e a esperança de que a concretização realizar-se-á. O que importa não é o quando, mas que a bonança um dia há de amainar.

O que passava pela cabeça dos apóstolos naquele momento crucial da vida de Jesus, não era compreensível ao nível do conhecimento humano. E eles queriam entender dessa forma. Estavam vivenciando a Semana Santa. De repente em meio a uma reunião, Jesus toma a palavra e diz: “Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo.” Essas palavras deixaram-nos em polvorosa. Não compreenderam e não compreendiam o sentido real pelo qual Jesus dava aquele anúncio. Pensamentos – os mais diversos possíveis – tomavam conta de cada uma daquelas cabeças. A inquietação, a ansiedade e a angústia foram as marcas registradas daquele momento de conversa quase derradeira. Eles seriam incapazes de permanecer na incerteza desse significado. Jesus complementou: “Eu vou para junto do Pai.” A insegurança gerada foi ainda maior. Quem cuidaria deles? O que seriam sem a presença do Mestre? Será que tudo se dissiparia? A tempestade parecia muito maior em seus corações. Era como se um “tornado” de grandes proporções os contivesse. Tudo estava nublado. Diziam, pois:

'O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer.' Não entendiam da mesma maneira que nós não entendemos as provações, as dificuldades, as tribulações pelas quais passamos, e porque estão durando tanto tempo. Humanos como nós apesar da convivência física e pessoal com o Cristo, passavam pelo que nós passamos.

Jesus sentiu que a carga emocional estava muito pesada para eles e abriu o jogo: “Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará.” Era uma pequena exortação. Nas entrelinhas ele estava dizendo: “Não pensem somente em vocês! Pensem nos outros; pensem na alegria que o mundo haverá de ter com a minha partida. Deixem de ser egoístas. Foi para isso que eu vim.”

A tempestade foi se transformando em uma brisa mansa, num vento leve, no tempo determinado pelo Senhor do tempo. Mais calmos e serenos Jesus concluiu de vez: “Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria.”

É também assim que acontece conosco. Quanto tempo de enfermidade, de desemprego, de separação conjugal, de desesperança na vida, da perda de um filho no mundo das drogas ou de uma filha na prostituição... Quanto tempo! Parece que você não aguentaria o baque! Da forma que a fé permaneceu em todos os momentos no coração dos discípulos, e a esperança nublou, mas não desvaneceu, assim também se fará na sua vida. Paciência. Paciência. Paciência. O tempo de Deus não é o seu tempo; os caminhos do Senhor não são os seus caminhos. So saboreia a alegria quem experimenta a tristeza. TOME POSSE!

ALMacêdo

17/05/2012

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 17/05/2012
Reeditado em 17/05/2012
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