LITURGIA DA PALAVRA (Missa do dia 18 Setembro 2011

LEITURAS QUE SERÃO PROFERIDAS NO MUNDO TODO NAS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS NO PRÓXIMO DIA 18/09/2011 FONTE: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Celebramos o amor de Deus, derramado pelo Espírito Santo, que nos foi doado no Batismo, para sermos testemunhas de Cristo e agentes na história da salvação. Não há, pois, diferença entre os que começaram na primeira hora e os que vieram por último. Esse é um dado fundamental da justiça de Deus, cujos caminhos e pensamentos não são iguais aos nossos. Assim nos ensinam as Escrituras. Preparemo-nos, pois, para celebrar, no próxi¬mo domingo, o Dia Nacional da Bíblia.

Ouçamos, com coração devoto, as leituras que nos revelam como a justiça de Deus se manifesta na igualdade de oportunidade a todos.

PRIMEIRA LEITURA (IS 55,6-9)

Leitura do Livro do Profeta Isaías

6 Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o,

enquanto ele está perto.

7 Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas

maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele,

volte para nosso Deus, que é generoso no perdão.

8 Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos

e vossos caminhos não são como os meus caminhos,

diz o Senhor.

9 Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos

e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos,

quanto está o céu acima da terra.

- Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL 144(145)

(CD Lit. VII Fx5)

O Senhor está perto da pessoa que o invoca

1. Todos os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre. Grande é o Senhor e muito digno de louvores e ninguém pode medir sua grandeza.

2. Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.

3. É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz. Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente.

SEGUNDA LEITURA (Fl 1,20-24.27)

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses

Irmãos:

20 Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida,

seja pela minha morte.

21 Pois para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro.

22 Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho

será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher.

23 Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir,

para estar com Cristo – o que para mim seria de longe

o melhor – (24) mas para vós é mais necessário que eu

continue minha vida neste mundo.

27 Só uma coisa importa: vivei à altura do Evangelho de Cristo.

-Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (Fx 7)

Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia! * Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia!

Vem abrir nosso coração, Senhor; ó Senhor, abre o nosso coração, e, então, da palavra do teu Filho, vamos ter, ó Senhor, compreensão!

EVANGELHO (MT 20,1-16)

P. O Senhor esteja convosco.

T. Ele está no meio de nós.

P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

T. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos:

1 “O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu

de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha.

2 Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia,

e os mandou para a vinha.

3 Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros

que estavam na praça, desocupados, (4) e lhes disse:

‘ Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o

que for justo’.

5 E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três

horas da tarde, e fez a mesma coisa.

6 Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou

outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais

aí o dia inteiro desocupados?’

7 Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’.

O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.

8 Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador:

‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos,

começando pelos últimos até os primeiros!’

9 Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde

e cada um recebeu uma moeda de prata.

10 Em seguida vieram os que foram contratados primeiro,

e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles

também recebeu uma moeda de prata.

11 Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar

contra o patrão:

12 ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste

a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.

13 Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui

injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata?

14 Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este

que foi contratado por último o mesmo que dei a ti.

15 Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com

aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou

sendo bom?’

16 Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão

os últimos”.

- Palavra da Salvação.

T. Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIO

Aqui estamos novamente para meditar a Palavra de Deus. Neste Evangelho encontramos uma coisa meio rara de ser encontrada; Jesus nos fala de um patrão que trata os seus empregados com justiça e bondade. Não se trata de utopia, apesar de não ser algo tão comum, felizmente, alguns patrões tratam seus empregados com respeito e amor.

Tratam com dignidade os seus funcionários e por causa disso, são criticados. A selvagem globalização trouxe consigo uma inversão de valores. Particularmente nos dias de hoje, é difícil encontrar uma patroa ou um empresário, dispostos a pagar salário justo.

Foge do nosso entendimento a bondade deste produtor de vinho. Lembra aquele dito popular; “É um negócio de Pai para filho”. Para fazer tudo isso, só mesmo um Pai que conhece as necessidades de cada um de seus filhos. Um pai que sabe como é difícil saldar os compromissos diários com alimentos, aluguel, farmácia...

Como entender o modo de agir desse patrão? Sem querer fazer trocadilhos, parece injusta essa sua justiça. Pagar salário igual para todos, independentemente da quantidade de horas trabalhadas? Como pode alguém trabalhar uma hora e receber igual àquele que molhou a camisa desde cedo?

Falando sem demagogia, se estivéssemos entre aqueles contratados logo cedinho, será que não estaríamos reclamando da forma de pagamento? Reclamando sem nos preocuparmos com os pais de família que, não tiveram a felicidade de serem contratados pela manhã, mas que também precisam levar o alimento para casa?

Os primeiros contratados sentiram-se roubados, no entanto, receberam o merecido, o salário combinado foi pago. Com este exemplo, Jesus quer nos mostrar que a justiça de Deus está muito acima do nosso entendimento e que o bem do próximo deve estar acima dos nossos próprios interesses.

“A messe é grande e os operários são poucos”. A todo instante, de manhã, de tarde e à noite, somos chamados. Todos nós somos convocados para a missão. Alguns aceitam de imediato, logo cedinho atendem ao chamado...

Outros, apesar de estarem presentes na “praça”, não ouvem e não entendem o chamado. E, se ouvem, a mensagem entra por um ouvido e sai por outro. Importante, porém é a persistência. Precisamos fazer como o do dono da vinha, chamar em intervalos regulares, chamar a todo instante.

Se voltarmos na praça às nove horas, encontraremos alguém disponível e disposto a ouvir; o mesmo acontecerá na hora do almoço ou à tarde. É preciso procurar constantemente, retornar de hora em hora, de minuto em minuto. Persistência! É isso que Deus espera encontrar nos seus discípulos.

Todas as praças e ruas devem ser rebuscadas. Precisamos chamar nas casas e nas famílias. Nesses locais, pelo menos um estará disposto a trabalhar pelo Reino. Não importa o horário, nunca é tarde para começar. Nosso Patrão é Justo. Todos que o ouvirem, entenderem e atenderem irão receber uma justa recompensa no entardecer da vida.

jorgelorente@ig.com.br - 18/setembro/2011

Liturgia da Palavra
Enviado por Antônio Oliveira em 12/09/2011
Reeditado em 18/09/2011
Código do texto: T3215062