POR QUE DEUS NÃO OUVE A MINHA SÚPLICA?
Ponho-me a pensar, neste momento, nas milhares de pessoas que estamos rogando a Deus por uma graça, um favor, um lampejo de misericórdia... E, perdidos entre a aflição e o anseio de libertação - seja das dúvidas, das dívidas, das enfermidades, das dificuldades... - vêm-nos uma revolta, inconsciente ou não, por não termos as nossas preces atendidas. E uma pergunta se instala em nosso íntimo: " será que Deus é surdo? Se Deus é Pai, como dizem e nos ensinaram, por que não atende às nossas súplicas? Ou será que Ele é cego e não enxerga o estado deplorável em que ora nos encontramos?"
E porque somos frágeis, imperfeitos e sempre à procura de respostas prontas e imediatas, abandonamos a ínfima fé que ainda habitava em nós e, agora descrentes, entregamo-nos ao desespero. Desesperados e justificados - pela ausência de um Deus ensurdecido e emudecido - enveredamos por caminhos tortuosos que nos levam ao encontro das trevas, do pecado, da inobservância dos mandamentos...
Seduzidos pela permissividade mundana, entorpecidos pelas possibilidades de um sistema capitalista selvagem e, o que é pior,sentindo-nos injustiçados por um Deus que se negou a nos atender, fechamos os nossos olhos e tapamos os nossos ouvidos, permanecendo indiferentes e insensíveis aos apelos de nossos irmãos menos favorecidos. "Abandonados por Deus", abandonamo-nos nas mãos do pecado...
Sempre pensei que a prática do pecado nos afasta da graça de Deus; creio, firmemente que o pecado nos insere dentro de uma bolha transparente, porém, hermeticamente fechada e à prova de som, impedindo que os nossos clamores cheguem aos ouvidos de Deus. Creio que Deus consegue ver os nossos olhares aflitos, os nossos lábios trêmulos, emitindo movimentos desconexos, mas... é só! O canal da graça não se completa, pois como já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade, "no meio do caminho tinha uma pedra".
E hoje, ao ler a 1ª leitura bíblica recomendada, ou seja,Isaías 58, 1-9, vem-me a resposta para aquilo que nos foi conveniente chamar de "insensibilidade divina". Reproduzirei, a seguir, apenas a essência, o ponto mais forte das palavras do referido profeta: " Acaso o jejum que prefiro não é outro: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper todo tipo de sujeição? 7Não é repartir o pão com o faminto, acolher em casa os pobres e peregrinos? Quando encontrares um nu, cobre-o, e não desprezes a tua carne.
8Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa; à frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá. 9aEntão invocarás o Senhor e ele te atenderá, pedirás socorro, e ele dirá: “Eis-me aqui”. "
Portanto, eis a receita para que os nossos clamores possam chegar aos sensíveis ouvidos de Deus. Busquemos a prática da misericórdia; busquemos a conversão! Abramos - de forma destemida e cristã - o Canal da Graça.
É agora o momento favorável!
Ponho-me a pensar, neste momento, nas milhares de pessoas que estamos rogando a Deus por uma graça, um favor, um lampejo de misericórdia... E, perdidos entre a aflição e o anseio de libertação - seja das dúvidas, das dívidas, das enfermidades, das dificuldades... - vêm-nos uma revolta, inconsciente ou não, por não termos as nossas preces atendidas. E uma pergunta se instala em nosso íntimo: " será que Deus é surdo? Se Deus é Pai, como dizem e nos ensinaram, por que não atende às nossas súplicas? Ou será que Ele é cego e não enxerga o estado deplorável em que ora nos encontramos?"
E porque somos frágeis, imperfeitos e sempre à procura de respostas prontas e imediatas, abandonamos a ínfima fé que ainda habitava em nós e, agora descrentes, entregamo-nos ao desespero. Desesperados e justificados - pela ausência de um Deus ensurdecido e emudecido - enveredamos por caminhos tortuosos que nos levam ao encontro das trevas, do pecado, da inobservância dos mandamentos...
Seduzidos pela permissividade mundana, entorpecidos pelas possibilidades de um sistema capitalista selvagem e, o que é pior,sentindo-nos injustiçados por um Deus que se negou a nos atender, fechamos os nossos olhos e tapamos os nossos ouvidos, permanecendo indiferentes e insensíveis aos apelos de nossos irmãos menos favorecidos. "Abandonados por Deus", abandonamo-nos nas mãos do pecado...
Sempre pensei que a prática do pecado nos afasta da graça de Deus; creio, firmemente que o pecado nos insere dentro de uma bolha transparente, porém, hermeticamente fechada e à prova de som, impedindo que os nossos clamores cheguem aos ouvidos de Deus. Creio que Deus consegue ver os nossos olhares aflitos, os nossos lábios trêmulos, emitindo movimentos desconexos, mas... é só! O canal da graça não se completa, pois como já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade, "no meio do caminho tinha uma pedra".
E hoje, ao ler a 1ª leitura bíblica recomendada, ou seja,Isaías 58, 1-9, vem-me a resposta para aquilo que nos foi conveniente chamar de "insensibilidade divina". Reproduzirei, a seguir, apenas a essência, o ponto mais forte das palavras do referido profeta: " Acaso o jejum que prefiro não é outro: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper todo tipo de sujeição? 7Não é repartir o pão com o faminto, acolher em casa os pobres e peregrinos? Quando encontrares um nu, cobre-o, e não desprezes a tua carne.
8Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa; à frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá. 9aEntão invocarás o Senhor e ele te atenderá, pedirás socorro, e ele dirá: “Eis-me aqui”. "
Portanto, eis a receita para que os nossos clamores possam chegar aos sensíveis ouvidos de Deus. Busquemos a prática da misericórdia; busquemos a conversão! Abramos - de forma destemida e cristã - o Canal da Graça.
É agora o momento favorável!