CIENTIFICIDADE DIVINA


Um físico da pós-modernidade, que não merece nem a citação do seu nome, afirma que os universos infinitos (materiais e espirituais) foram criados por uma grande explosão; e que serão destruídos da mesma forma: uma grande explosão derradeira. Suponhamos que a hipótese deste físico tresloucado, sem nenhuma cientificidade comprovada, seja uma grande verdade; quem teria provocado a primeira explosão, e quem provocará a segunda explosão? O Nada diria o renomado físico! Mas a luz científica do Espiritismo diz-nos que o Nada não existe. Aonde se pensa que existe um vácuo; ali tem, com certeza, alguma coisa existencial... Se o Nada não existe, alguma coisa que existe criou e cria, incessantemente, uma infinidade de universos infinitos... As idéias curtas deste físico precisam da iluminação do Espiritismo, para alargar os seus horizontes. É elementar, deduzir-se, que uma mente infinitamente onipotente seja a responsável pela criação dos mundos...
A astronomia, cada vez mais aperfeiçoada, aproxima os universos infinitos de Deus aos nossos olhos humanos. E não é preciso que sejamos gênios para perceber a grandeza do nosso criador e a profundidade da sua cientificidade cosmológica. Os universos infinitos de Deus são mantidos por um equilíbrio harmonioso, devido à onipotência das leis imutáveis e divinas aplicadas por Deus... Será que não é suficiente à ciência humana constatar que os universos infinitos são planejados e criados por Deus, através de uma cientificidade divina insondável? O que ganha à ciência em tentar provar a inexistência de Deus? Glorificar-se diante da criação divina; provando que tudo se cria por acaso fortuito de grandes explosões – e tudo termina com mais explosões? Se este pensamento fosse verídico, Deus seria o grande mágico da vida cosmológica. E teria criado os seus universos infinitos, num passe de mágica, em poucos segundos... Mas a sua grande obra me impede de pensar que tenha sido assim. Tudo é muito preciso e muito perfeito, nos universos de Deus; muito embora eu tenha pensado: se Deus, que é perfeito, criou uma única imperfeição; esta imperfeição é o Homem... E como tem sido difícil para Deus lidar com as imperfeições humanas, penso eu... No entanto, a sua cientificidade divina comprova que tudo o que é criado por Deus é absolutamente perfeito, e goza de uma organização objetiva que transcende a materialidade dos céticos...
Deus é o grande arquiteto, é o grande cientista, é o grande filósofo e o grande artista dos seus universos infinitos; mas, graças a sua cientificidade divina, não é político: já pensaram se Deus fosse, também, um político? Seríamos apenas bilhões de barcos à deriva nos oceanos da existência... Se o Diabo existisse (o que é improvável) teria sido ele o responsável pela criação dos políticos... Deus, com a sua inteligência infinita e divina, criou os universos infinitos com muita paciência e muita cautela, levando milhões de anos-luz para executar a sua obra: projetou e executou tudo ao seu tempo, precisando cada detalhe, cada organismo; pois Deus não executa milagres – executa ciência! O fato de Deus não ter criado os mundos infinitos num passe de mágica; não significa que o seu poder criativo seja muito menor do que imaginávamos... Milhões de anos-luz diante da Eternidade não passam de alguns segundos para Deus. O tempo de Deus é a Eternidade: ele não precisa de pressa para executar as suas leis imutáveis e seus projetos cosmológicos...
Todas as ciências humanas reunidas, mais as ciências humanas de todos os planetas da cosmologia, não se equiparam à cientificidade divina de Deus: Deus é tudo e mais um pouco... Deus é a única genialidade infinita dos mundos materiais e espirituais. Nem os Espíritos Puros, que são perfeitos, têm a mente genial de Deus: Os Espíritos Puros, que não precisam mais encarnar na matéria, permanecem circunscritos pelo perispírito – que é semimaterial: os Espíritos Puros são incorpóreos; Deus é imaterial – destituído de perispírito e, por isso, é infinito...
Já olharam a organização biológica do corpo humano? Que máquina perfeita criada por Deus! E mais perfeita ficou com a encarnação do espírito, dando-lhe à vida. E pensar que existem médicos cirurgiões que são ateus... Eu conheci um que se julgava o próprio Deus: acabou abandonando a medicina e tornou-se um agiota milionário – coitada desta criatura de pouca fé científica; pois deveria imaginar que foram os médicos os inventores do Homem... É verdade, a justiça dos homens é injusta; mas a justiça de Deus, no momento preciso, impõe os seus desígnios...
A ciência é a única capaz de aproximar-nos a Deus; e que me perdoem os católicos fanáticos: Deus desvela-se, literalmente, através da ciência, da filosofia e da religião mais nova conhecida por Espiritismo – os últimos serão os primeiros... O meu adeus ao caduco Catolicismo...












FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 21/09/2010
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