Eu falo a língua de Deus.
Eu falo a língua de Deus.
____________________ Magno Aquino Miramontes
__________________________________________
“Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer;” Mateus 6: 33a NTLH
“Ainda sofro ao recordar das pessoas sendo forçadas a cair, coagidas a balbuciar qualquer coisa estranha numa mal ensaiada “crise epiléptica”; entristece-me a lembrança de olhares vazios procurando alguma verdade; não havia verdade alguma naquilo.” Do livro, “Kalabashurya! O transe.” -Magno Aquino - Edições Cury
“Muitos querem me fazer crer que as bençãos do Senhor estão disponíveis nos seus espetáculos da fé; mercadorias do céu a preço de ofertas. Uns investem na bolsa, outros no altar absurdamente humano.”
“Observo crentes sérios que de soslaio observam os templos “neo” e tem a sensação de que algo lhes falta; ah, nada lhes falta, amados, de igual modo fomos todos igualmente selados no Espírito Santo.” - idem
Não se equivoque nem minta aqui; é patético invejar as experiências carismáticas, sejam elas genuinamente geradas em Deus ou ardilosamente ensaiadas no diabo; absurdo é copiá-las e conduzir gente simples e de boa índole ao vexame e frustração.
Ir á frente do rebanho neste voo cego é irresponsabilidade; é desonesto, é cruel. Numa aventura pentecostal sem bússola nem mapa. Bússola e mapa de crente em Jesus são as Escrituras e o seu criterioso e submisso exame.
Por outro lado, não se deve esperar de certos grupos o mesmo rigor e disciplina no estudo de determinados assuntos; o esmero “bereano” não é das qualidades a mais apreciada pelos mascates da fé. Não foram conduzidos, nem conduzem à Fonte; alguns há por demais emotivos, alguns impropérios misturados a lisonjas denominacionais e estão saciados.
Não minimizo sequer nego o agir de Deus e as suas mais variadas formas em qualquer comunidade religiosa; não me cai bem a toga.
A pergunta é: À luz do Novo Testamento, o que o Espírito tem pra Igreja que não foi entregue, ou anunciado?
Observo o desespero de crentes sérios perseguindo as línguas estranhas, porém, quase nunca percebo neles a mesma sede por uma oportunidade de serem achados compassivos e misericordiosos; “Glossolalia é crachá de santo, misericórdia é crachá de otário!” (?)
Ninguém é crente em Jesus se não o for por obra do Espírito Santo; dependo plenamente do batismo de Deus pra testemunhar, e servir.
Não quero gastar energia e tempo perseguindo experiências que não resultem em vida graciosa, bem comum e serviço de adoração; minha vida, toda ela resgatada não me serve por deleite, ainda que espiritual.
Eu sirvo, é isso que faço; dependo dos dons do Espírito, também do fruto d’Ele derivado, e ainda do selo outorgado no batismo pelo Senhor Espírito Santo.
Eu não peço a Deus nada além de graça e criatividade pra servi-lo, servindo aos outros.
Que proveito há no êxtase “novo” sem conversões novas? De que me serve o transe restrito ou coletivo (este mais complicado que aquele) sem o exalar contagiante do bom perfume de Cristo?
Qual é o real valor das línguas estranhas na boca de gente sem compaixão?
Gastar o meu tempo comigo é egoísmo, é desonesto. Sou crente em Jesus, pertenço ao Senhor e a esse “pertencer” pertence o meu tempo e dons que devem ser empregados no serviço de adoração e socorro.
À minha volta um rebanho inteiro de famintos, nus, sedentos e desacompanhados; fecho a boca, oculto a língua e estendo a mão.