A morte do crente
“Pois morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, for manifestado, também vos manifestareis com Ele na glória.”cl 3: 3, 4 KJA
À nossa frente uma vida nova, pois morremos para o sistema de valores deste mundo tenebroso; o que para o descrente é de suma importância, nada ou quase nada significa para nós, os que esperamos a manifestação do Cristo glorificado. 1 João 3: 2 KJA
O alicerce de todo o ministério, a cruz; “Levando sempre no corpo o morrer de Jesus...” a dor e o sofrimento acompanham a caminhada do crente. “Tereis aflições!”
Jesus experimentou os horrores da cruz e a solidão da morte e tais tribulações não serão de todo estranhas a nós, os crentes; não há no estado da Graça, espaço pra concessões: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação, as coisas antigas já passaram, eis que tudo se fez novo!” 2 co 5: 17 KJA
Novamente: “, a fim e viver para Deus. Eu fui morto com Cristo na cruz.” Gl 2: 19b NTLH
Afirmo estar morto e morto com Cristo e morto por morte de cruz, isso me deixa na condição de morto pela mais vil das mortes. Mas vivo em Deus.
Ao fazer ouvidos moucos para a Teologia da Cruz e buscar a pregação da “graça inconsequente” eu posso até me esquivar da “presença” da cruz e ignorar as implicações do Gólgota, mas perderei de vista a Teologia da Justificação e, por conseguinte passarei ao largo de uma vida de Santificação e por fim serei esquecido naquele Dia, a Glorificação.
O caminho para o Céu passa pelo calvário, sem escalas nem desvios.
Atalhos não há nesta jornada, Jesus, Ele é o Caminho que nasce ali, na cruz; não nasce no Getsêmani, nem em Betesda, tampouco em Samaria ou Betânia. Jesus não é o Caminho que nasce em Belém, Jesus é o Caminho que começa na Cruz do calvário.
Os desdobramentos da cruz diferem; no infinito amor e sabedoria do Pai minha vida é quebrada; sou um crente a caminho do Céu (passando pelo Calvário) tenho partes da minha vida já restauradas, outras em processo de reconstrução e muitas ainda longe disso.
A imediata justificação me habilita para a santificação progressiva pra um dia ver o “meu” Senhor vindo sobre as nuvens com poder e glória, ou me receber no Céu, lindo Céu, meu lar.
Não se engane aqui, todas essas coisas são possíveis após a minha e a sua crucificação e morte! “... Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” João 3: 3 ARA Pra entrar nesse grupo só morrendo! A cruz é a oferta de Deus cuja resposta humana é a conversão de uma vez para sempre e, todos os dias. Sê fiel!
A morte de Cristo operando vida eterna em mim; a cruz sobre os ombros por opção e para sempre, firme e diariamente.
Eu amo a cruz não pelo prazer da ignomínia, eu amo a cruz por compreender (aprendo com Deus) que longe do Gólgota o meu destino é a separação eterna d’Aquele que me chamou e quando fui a Ele me deu uma nova e viva esperança; inclua-se aí a autorização pra chamá-Lo de amigo.
Jesus - homem se aterroriza ante a visão da cruz, “A tristeza que estou sentindo (...) é capaz de me matar” Mt 26: 38 NTLH é a expressão usada pelo Senhor ali no Getsêmani, após celebrar com os seus íntimos colaboradores; aterroriza-se e resigna-se: “Seja feita a Sua e não a Minha vontade.”
(Penso que aquele anjo ao seu lado confortava-O falando da glória procedente da cruz e da igreja que nasceria dela)
A glória vindoura é que torna a cruz “aceitável”, pois que de outro modo nem eu nem você deixaríamos os prazeres da natureza humana e escolheríamos a cruz como estilo de vida e estigma social. Sem falar nessa saudade de casa que invade o coração, e a péssima sensação que “Da linda pátria estou, mui longe!”
Sempre que eu miro a cruz eu vejo a morte, então forço um pouco mais as vistas e aí eu posso ver além, o sepulcro eu vejo, e este, vazio.
Os dois lados da cruz: a morte que me justifica e a ressurreição que me espera. Sê fiel. A vida nasce da morte.
(Ex-interno do Centro de Recuperação de Mendigos – Missão vida)
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