A VERDADE SOBRE A PÁSCOA

A Páscoa é a maior de todas as festas da cristandade! Mas sua verdade tem sido escondida durante séculos.

"Assim, pois comereis: ...esta é a Páscoa do Senhor.... E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor: em todas as vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo." Êxodo 12:14.

Quando Roma dominou o mundo, autoridades do clero iam às feiras livres para ver quem comprava ervas amargas nos dias da Páscoa, para sentenciá-los à morte nas fogueiras da chamada "Santa Inquisição", por serem tidos como judeus, por estarem cumprindo a ordem de Deus de celebrar a Páscoa. Isso causou grande pânico ao povo, que quase todos os cristãos deixaram de comemorar de maneira devida, essa tão importante festa cristã.

Foram criadas dezenas de festas e essa que foi instituída pelo próprio Deus, tem sido deixada de lado e pior que isso, tem sido tratada como uma festa pagã, onde toda atenção se volta para um coelhinho e ovos de chocolate, desviando assim, o objetivo da verdadeira Páscoa.

A Páscoa é a comemoração da libertação do povo de Deus de mais de dois séculos de escravidão no Egito, há cerca de 3300 anos atrás. A história da servidão e do sofrimento crescente do povo e a missão confiada por Deus a Moisés e seu irmão Arão, revelam seus infatigáveis esforços: a resistência teimosa de Faraó e os grandes feitos de Deus, mandando as pragas sobre o Egito e a casa de Faraó, abrindo o Mar vermelho, para libertar o seu povo, é registrado no livro de Êxodo nos capítulos de 1 a 15.

Depois de tanto sofrimento e uma tão longa espera, chegou finalmente a hora da libertação. Motivo de festa para o povo de Deus que deveria comemorar com um cordeiro, pães ázimos (pães sem fermento) e ervas amargas. Foi também um dia de tristeza para os inimigos de Deus, pois o anjo da morte estava passando e todos os primogênitos que não tivessem na verga da porta de sua casa o sangue do cordeiro, deveriam morrer. Disse O Senhor: "E Eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde homens até animais e sobre todos os deuses do Egito farei juízos: Eu o Senhor. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu o sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando Eu ferir a terra do Egito. E este dia vos será por memória e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor..." Êxodo 12:12 a 14.

As ervas amargas representavam o sofrimento e a escravidão que tiveram no Egito, os pães ázimos (sem fermento), porque tinham pressa e não podiam esperar mais, e também, figurava o Pão da Vida (Disse Jesus: "Eu Sou o Pão da Vida, quem comer deste Pão viverá para sempre"); o cordeiro tinha que ser imolado e seu sangue passado na verga da porta. Esse sangue que Moisés, instruído por Deus, ordenou que se passasse nos umbrais das portas, nada mais era do que a figura do Cordeiro de Deus que exatamente na Páscoa, 1300 anos depois, se entregou para ser morto e como o Cordeiro Pascal, derramou o seu sangue para livrar da morte todos os que através Dele viessem a Deus.

Conforme narra os Evangelistas Lucas, Marcos e também Mateus, em Jerusalém se comemorava a Páscoa, segundo a tradição desde Moisés, cumprindo a ordem do Senhor: "celebrá-lo-eis por festa ao Senhor como estatuto perpétuo". Mas Jesus sabia que aquela era a mais importante de todas as comemorações da Páscoa, sendo determinada por Deus, para que Ele fosse entregue como Cordeiro Pascal. Ele disse: “... daqui há dois dias é a Páscoa e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado”. (Mateus 26: 2).

Jesus então convidou seus discípulos para essa comemoração. E eles perguntaram: onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa? E ele então chamando a Pedro e João, os mandou dizendo: olha, vocês irão à cidade, Jerusalém, e lá encontrarão um homem, na entrada da cidade levando um cântaro de água. Vocês vão seguir aquele homem, por onde ele for e na casa que ele entrar vocês também entrarão e então dirão ao dono da casa: "O Mestre mandou dizer que o tempo Dele está próximo e Ele quer celebrar em sua casa, a Páscoa com os seus discípulos. O meu Senhor precisa de um lugar para passar a Páscoa”. E chegada à tarde, assentou-se à mesa com seus discípulos e então Ele disse: "Eu desejei muito comer esta Páscoa convosco".

Aquele era o momento e aquela era a Páscoa esperada por mais de 3000 anos, desde a queda do homem no jardim do Éden. Era o momento da redenção! O momento de reabrir ao homem pecador, o caminho a Deus. Era o reencontro do homem com o seu Criador! E Ele tomando o cálice disse: "Esse é o meu sangue que é derramado por vós". O Cálice da nova aliança. E tomando o pão disse: "esse é o meu corpo que eu dou por vós”. (Lucas 22:7 a 20). Jesus disse ainda, que cada vez que ceiássemos fizesse em memória Dele. Ele estava se referindo àquela ceia, a ceia da páscoa.

Logo em seguida, o texto narra que Ele saindo dali foi traído por Judas, entregue aos soldados romanos, julgado por Pilatos, que era também uma autoridade romana e em seguida morto pelos soldados romanos, cumprindo a profecia de Isaías 53, que diz que: "Como um cordeiro mudo foi levado... mas Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si.. e o castigo que era nosso que hoje nos traz a paz estava sobre Ele. Ele estava ali em nosso lugar, Ele estava morrendo a nossa morte, pois nós é que pecamos e o preço do pecado é a morte... e pelas pisaduras Dele fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos".

Jesus queria naquele momento dizer que, Ele era o Cordeiro Pascal representado por todos aqueles anos, no tabernáculo do deserto, e no Templo em Jerusalém.

Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e outros, foram salvos pela fé Naquele que haveria de vir: O Cordeiro Pascal. Na plenitude dos tempos Deus enviou Jesus e cumpriu o seu propósito de convergir Nele, em Jesus, todas as coisas, as que estão nos céus e na Terra, as que foram antes e as que viriam depois. (Efésios 1:10).

Essa foi a Páscoa esperada por mais de 3000 mil anos, desde a queda de Adão e a promessa de Deus que da semente da mulher nasceria um que esmagaria a cabeça da serpente. Era o sacrifício completo. "Temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez" (Hebreus. 9:10), nos dando ousadia para entrarmos no santuário, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, pela sua carne (Hebreus 10:19 e 20). Pois o véu do templo se rasgou (Mateus 27:51).

O véu que separava o lugar santíssimo, onde só o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano, Ele nos deu acesso. Céus e terra esperavam por esse momento. A terra tremeu, houve trevas sobre a terra, as pedras se fenderam, os sepulcros se abriram e mortos ressuscitaram (Mateus 27: 52 e 53).

O mais importante da Páscoa, é que nela Jesus ressuscitou dos mortos, Ele venceu a morte! Ele não ficou na sepultura, mas saiu dela trazendo as chaves do inferno e da morte. "Pela morte Ele aniquilou o que tinha o império da morte, isto é, (aniquilou) o diabo" (Hebreus 2:14). Ele entrou na sepultura como Cordeiro Pascal e saiu como O Vitorioso Leão da Tribo de Judá.

Essa é a ordem de Deus: "Assim, pois comereis: ...esta é a Páscoa do Senhor.... E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor: em todas as vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo." (Êxodo 12:14).

É na páscoa que recebemos nossa maior vitória como filhos de Deus! "Porque Cristo, a nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa,... com os pães ázimos da sinceridade e da verdade". (I Corintios: 5:7)

Comemoremos, pois, a verdadeira Páscoa. O Senhor quer passar a Páscoa conosco. Que todos tenham uma Feliz Páscoa com o Senhor Jesus, o Cordeiro Pascal!

((((Plínio))))

Redação em 22/03/2008 14:45:00