“Amigos Recantistas, aproveitando a ocasião da Semana Santa, vos convido para meditarmos as Sete Dores que Maria Santíssima sentiu dentro dos mistérios da Sagrada Paixão e Morte de Vosso Amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.”

AS SETE DORES DE MARIA SANTÍSSIMA (Segunda Dor)

 

A Fuga da Sagrada Família para o Egito
 
Meditemos na Segunda Dor de Maria Santíssima...
 
Entendendo Herodes que havia nascido o desejado Messias, temeu muito que viesse a tirar o reino, por isso esperava o aviso dos Santos Magos, como havia combinado com eles que o dissessem onde estaria o Menino, pois queria render-lhe graças. No entanto, sua verdadeira intenção era matar a Jesus.
 
Os Reis Magos sabendo da intenção de Herodes retornaram seus caminhos passando longe do ímpio tirano. Herodes vendo que tinha sido enganado pelos Magos, ordena a seus subordinados que matasse todos os inocentes nascidos próximo a Belém.
 
Então um anjo apareceu a José em sonho e disse-lhe: “Levanta-te, toma o menino e Sua mãe e foge para o Egito”. São José se levantado tomou Sua Família Sagrada e fugiu para o Egito.
 
Que Dor para Maria! Que duro desterro! Ter que fugir dos Seus para viver entre estranhos. Ter que afastar-se do templo santo do Senhor e abeirar-se dos templos dos demônios. Tão logo principia a realizar-se a profecia do Santo Simeão. Apenas o Salvador nasce e já o perseguem de morte.
 
Quanto padeceu a terna Virgem unida a Seu esposo José, nesta penosa viagem por caminhos ásperos, desconhecido, pouco freqüentado da gente, no rigor do inverno, sem ninguém que Os servissem. O alimento era pão duro que São José trazia consigo, se é que não chegou a pedir esmola. A Dolorosa Mãe dormia ao relento da noite sobre areia com o Menino recém nascido nos braços.
 
A Sagrada Família tendo chegado ao Egito fixou residência em Merfins, onde passou segundo se crer sete anos em grande pobreza, sustentados pelo trabalho das mãos do Patriarca José e carecendo, às vezes, até do pão necessário para o sustento da família.
 
Mais penoso o regresso para a Judéia. Morto Herodes, apareceu novamente a José o anjo lhe ordenando que retornasse para Sua terra. Que angustias as da Virgem Santíssima, vendo sofrer tanto ao Menino Jesus, Quem, com sete anos era por demais crescidos para ir ao colo da Mãe e tenro demais para caminhar por Seus próprios pés tão longa jornada.
 
E tu minha alma? Vendo que vão Jesus, Maria e José fugitivos peregrinando por este mundo, não queres com Eles unir-se?
 
Permiti Senhora, pois a Vós clamamos, que do infernal dragão, convosco fujamos.
 
 
Obs.: “Faço uma pausa após este texto para postar uma homenagem ao meu filho José Emanuel que hoje completa 17 anos, após a homenagem segue as Dores de Maria na próxima postagem.”