13 de Setembro, o dia que tudo mudou....

Coisas misteriosas acontecem, em momentos misteriosos e sem um porque definido...

Foi o que aconteceu hoje, comigo... Bom, e como milagres são coisas tão raras, eu resolvi contar-lhes...

Bom, a principio tenho de voltar um pouco no tempo...

Eu trabalho como voluntário, em uma casa de recuperação para mulheres e adolescentes que foram usuários de drogas. Muito bem, a monitora geral (que aqui não convém dizer o nome, por motivos éticos) estava saindo do cargo, para assumir outros compromissos maiores. Até este momento tudo estava bem. Eu fui ao sábado pela manhã para dar minhas aulas de informática e teatro, mas quando cheguei lá eu fui informado de que não haveria minhas aulas, e eu me propus a ajudar na arrumação da casa. Depois de tudo pronto, a monitora geral chegou, fizeram-se as homenagens – que foram muito belas por sinal – e todos fomos para os fundos onde comemoraríamos de maneira animada, com um belo churrasco! Na casa, havia uma mesa de pinbolim (aquele futebol de mesa) e eu e algumas garotas da casa resolvemos jogar. Lá havia uma menina, que eu diria ter 6 ou 7 anos, que tinha a síndrome de Down... Pois bem ela resolveu jogar. E não é que a danadinha, mesmo tendo as suas limitações, jogava bem “pra caramba!” Mas no pinbolim, tem uma regra: quando você perde de 7 a 0 você deve passar debaixo da mesa, um modo de “você” aprender a jogar (risos).

E as duas rivais, resolveram nos sacanear e tentaram vencer-nos de 7 a 0. Mas foi então que a coisa toda aconteceu. Foram seis partidas. Na primeira o resultado foi seis para elas, e um para nós. Na segunda, deu de novo. Na terceira, na quarta, na quinta, e na sexta os resultados também foram seis x um! Talvez possa ser apenas uma grande coincidência, ou às vezes isto foi um milagre de Deus, ou seja, lá de quem for! Mas cada vez que ela me olhava, e dizia que iríamos ganhar... E cada vez que nossas “rivais” faziam um ponto... Não tenho a menor dúvida de que isto foi um milagre de Deus – para que aos menos a doce criança não fosse vista como alguém que não sabe jogar! Por fim, depois das seis partidas a menina saiu... E eu resolvi fazer um teste: eu peguei outra pessoa e fiz uma dupla com ela, e chamei as duas que jogaram contra nós. E o resultado foi quatro para nós e três para elas. Vi assim que não era ao acaso que aquilo aconteceu... O dedo de alguém tinha de estar lá...

Encerro dizendo uma frase, que pelo conteúdo da mensagem, combina:

“Existem duas formas de viver a vida:

A primeira é acreditando que não existem milagres...

A segunda é acreditando que tudo é um milagre.”

"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"

Le Vay
Enviado por Le Vay em 13/09/2008
Reeditado em 23/07/2010
Código do texto: T1176590
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