AS BESTAS DO APOCALIPSE
Em Apocalipse diz que 666 é número de um homem, mas não quer dizer que esse homem seja a besta, mas sim que representa e exerce o poder de certa entidade que age bestialmente. Apesar que os homens agem como bestas, a besta do número 666 tem muito mais força, influência e poder do que um simples homem, pois seu poder é aferido por multidões e executado por multidões de executores. Esse homem representa o poder que a entidade bestial possui, mas esse poder ela recebe da multidão que a estabelece e apoia, sendo dito em Apocalipse que tal multidão são povos, nações e línguas, que no livro é ilustrada simbolicamente como mar grande agitado pelos problemas político e econômicos do início do Feudalismo até o fim da Idade Média, chegando ao nosso tempo, que estabeleceu, sustentou e apoia ainda o Sacro Império.
O número 666 não é meramente um número, mas um ícone, indicando que esse poder paquidérmico é humano, pois o homem foi criado pouco inferior a Deus, no sexto dia da Criação, enquanto Deus é o número sete, que deve ser reverenciado no dia sétimo da Criação, o sábado. O 666 pretende ser um paralelo de 777, Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que multiplicado dá 21.
O 666 é: O Primeiro 6 simboliza um homem imbuído do poder da besta conferido pela multidão católica e outros cristãos. Com tal poder esse homem, que não é um indivíduo, mas uma dinastia milenar, se coloca em lugar de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, ou Mestre. A palavra papa é pai do pai em Italiano, bem como padre é pai. O segundo 6 simboliza um homem, uma dinastia de homens (a frente de uma nação), imbuído do poder de ferir e curar, o qual controla o mundo, se colocando no lugar de Cristo como executor e como salvador e age com extrema bestialidade contra todos os povos nesse exercício de executar a justiça e salvar o povo do mal. Inclusive certo homem muito poderoso da atualidade se qualificou como Messias quando falou do combate ao terrorismo. E o último 6 simboliza o espírito humano de engano agindo no obscurantismo, colocando-se como mestre, professor de espiritualidade, mas aprofundando o mistério (misticismo) em torno da vida e da morte, ofuscando mais a inteligibilidade da Palavra de Deus.
O número 66 da numerologia babilônica corresponde a todos os deuses babilônicos, representados em Roma através de 35.000 deuses (chegados de todo o mundo antigo). Em Roma forma-se o 666 quando o Cristianismo primitivo é corrompido na junção com o paganismo avassalador dos romanos. Nessa ocasião se inseriu na doutrina cristã as doutrinas pagãs, bem como as filosofias e leis humanas, reduzindo a doutrina cristã de 7 (de Deus) para 6 (dos humanos), fazendo-a o terceiro 6. Assim passou a existir o Sacro Império, que agiu com a humanidade de forma extremamente bestial durante os séculos de sua hegemonia papal.
A estátua que Nabucodonosor construiu em Babilônia representando-o como deus possuía 66 côvados de altura, por 18 côvados de largura. 18 é múltiplo de 3 e 6. Três é o número da plenitude. Na Bíblia diz Santo, Santo, Santo, representando Deus Pai, Filho e Espírito Santo, a plenitude da perfeição. Três reis magos representando a Trindade aferiram a ascendência real de Cristo na Manjedoura. Comparando com a Bíblia, o 666 pretende que o homem seja elevado a santo, santo, santo, mas não no sentido de ser puro, mas no sentido de colocar-se em lugar de Deus.
A altura e a largura da estátua de Nabucodonosor abrangiam todos os deuses da Babilônia (que é confusão), bem como os da humanidade pagã, por isto o 3 multiplicado por 6 (666), resultando em 18 de largura. E Nabucodonosor bem sabia dominar de forma bestial, com extrema crueldade, destruindo civilizações, deportando e submetendo.
Portanto, quem não adora a Deus, adora a qualquer deus inventado pelos humanos ou pelo próprio indivíduo. Por isto curvar-se à estátua de Nabucodonosor representava adorar a todos os deuses pagãos, pois adorando a todos adora-se somente um, que é o pensamento, filosofias e normas humanas, ou ao inimigo, que pretende atrair para si culto dos seres humanos, cujos pensamentos egoístas ele gerencia. Logo, quem não se submete às leis de Deus curva-se ao 666 em qualquer época, em qualquer lugar e em qualquer circunstância.
De igual modo, na atualidade o 666 representa o esforço dos seres humanos em atrair adoração a idéias e filosofias humanas. Por isto ao tempo do fim, conforme descrito em Apocalipse, surgem três bestas, ou três números 6, que representam coisas idealizadas por humanos. A besta que sobe do mar representa o poderio paquidérmico (bestial) do Sacro Império, cuja primeira hegemonia durou de 538 a 1793, incluindo hoje as milhares de doutrinas deturpadas que agregam a cristandade. A besta que sobe do abismo são as filosofias iluministas dos intelectuais da Revolução Francesa e seus seguidores, cujos pensamentos se espalharam pelo mundo através do Positivismo e Comunismo, pretendendo elevar a razão humana ao grau de deus em oposição declarada e direta ao próprio Deus. Assim agiram (e ainda agem) de forma extremamente bestial, bastando que se confira as barbáries praticadas na Revolução Francesa, nas degolas da Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, e outras tantas revoluções pelo mundo, que foram inspiradas na mesma. Por fim, a besta que sobe da terra, a última, Apocalipse diz que parece com cordeiro, mas fala como dragão. Tal besta representa o maior poderio político, econômico e militar do momento (do tempo do fim), o qual controla o mundo todo através da diplomacia, dos filmes e das bombas, destruindo àqueles que a ele se opõe, mas pretendendo curar as feridas após as guerra usando a ajuda humanitária.
Por fim, essas três bestas (666, porque são idéias e filosofias humanas) tratam de impor a mesma adoração que outrora foi imposta através da estátua de Nabucodonosor, que acolhia em seus 18 (666) X 66 todas as crenças pagãs, mas que hoje se incorporam à doutrina paganizada da Igreja Católica, à doutrina obscura do espiritismo e às doutrinas falsificadas dos pastores evangélicos, pentecostais e neo pentecostais.
Ai está portanto a Besta completa, contendo as doutrinas humanas dos três 6 (666) das três bestas juntas, bem como os mesmos três 6 do Dragão (6), da Besta (6) e do falso profeta (6). O número é 666 por ser uma junção das três bestas, três 6, mas também por ser os três espíritos de rãs de Apocalipse (três doutrinas mentirosas), igualmente três 6.
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Wilson do Amaral