ÁGUAS CRISTALINAS

As águas cortam o rio,

Descem suavemente seu leito,

Batem em galhos...

Arrastam folhas, batem em barrancos

Descem suavemente sem freio.

O rio lhe apalpa com carinho

Ás vezes colhe chuvas,

Pessoas em desaminhos

Colhe lixos e bichos,

E a águas seguem seu caminho...

Enquanto o passante observa,

O desenho de um rodamoinho.

Crianças chorando, crianças sorrindo...

Mas segue a vida do rio,

Muitas vezes queria parar...

Não por ser cansar,

Mas queria ver a paisagem

Com calma contemplar

O que esta a sua volta,

Ser o centro o rio...não ser revolta,

Apenas ser mansa,

Já que não és tão linda...

Também deixou de ser menina

Deixou de se pura...

Tanto caminhou...

Não sorriu nem chorou

Morreu e não gritou

Apenas perdeu a beleza

Cheiro que se sente de longe

E triste fica...

Pela ignorância dos homens

Que lhe roubou a nobreza

Sonhos de menina,

Que um dia foi... tão bela e cristalina.
 

AUTOR: MARCO ANTONIO OLIVEIRA QUEIROGA 
17/11/2007                    19:00HS