Não sei por que ela chega: afinal, não foi chamada. A sua falta de educação varre o chão nos deixando fora do ar.
Mas chega, para pobres, ricos, belos, não tão belos, de cores distintas, de religiões distintas, de partidos políticos distintos.
As lágrimas fazem companhia por dias a fio, não há palavra que conforte, nem mesmo a leitura da Bíblia. É importante que o luto seja regado a várias lágrimas, para que limpe o desgosto e receba a boa sensação de saudade, que só existe se bons momentos puderam ser vividos.
Que saudade! Dos papos descontraídos, das risadas, dos belos dias de praia, das férias merecidas, do olhar perdido no tempo, sem tempo para voltar à realidade. Que pessoa especial! Quanta essência nas ações e palavras! Jeito doce de ser, jeito firme de ser, jeito divino de ser.
E ela chegou levando um pequeno jovem que tinha o horizonte aberto a seus sonhos e possíveis realizações.
Voe aos céus na companhia dos anjos e deixe na terra pessoas que realmente amarão sempre Murilo Oelke.
Elaine Poeta
Enviado por Elaine Poeta em 29/01/2016
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