O número TRÊS
Três é o número do equilíbrio, de tal forma que somente assentado sobre três pontos um objeto estará firmado.
Não é sem razão que entendemos a divindade como trina, embora exista somente um Deus verdadeiro (Jo 17:3).
E o testemunho que se faz presente na Terra não é de homens, mas de Deus Pai, do Espírito Santo e da Palavra (I Jo 5:7).
Talvez por esse motivo, na minha infância se ministrava que um homem somente poderia marcar sua vida com três coisas:
A primeira era escrever um livro. A segunda plantar uma árvore, e a terceira ter um filho.
Agora já tenho cabelos brancos, escrevi 11 livros, plantei muitas árvores e tive três filhos, mas não sinto que algo mudou.
Em verdade, o mundo em que vivemos não é mais aquele dos tempos de Salomão.
E este sábio rei de Israel concluiu, em um dos trabalhos de sua autoria, que: “Não há limites para fazer livros.” (Ecl 12:12).
Plantar uma árvore, quando milhares são destruídas todos os dias, não parece realização de nota.
Davi em, seu Salmo 127:3, coloca os filhos como herança divina, pois são um apoio para os seus pais.
Não se questiona, aqui, a sabedoria da Bíblia Sagrada, uma vez que ela é fundamento da fé (Rm 10:17).
Como, porém, a fé sem obras é algo inerte (Tg 2:20), parece o momento de reconsiderar nossa posição.
Com milhares de revistas, milhões de livros publicados, não basta escrever, é preciso verificar qual o bem que isso leva aos outros.
Plantar uma árvore será bom, se acharmos lugar para isso, mas precisamos lutar para salvar florestas inteiras, que já desaparecem.
Filhos não podem ser simplesmente colocados no mundo, devem ser cuidados e orientados (Pv 22:6), para que sejam úteis e felizes.