REFLEXÃO DA REALIDADE NÃO EXCLUDENTE

(Sócrates Di Lima)

Tenho periodicamente refletido sobre as relações humanas

em nosso dia a dia.

Verdade ou não, dei conta de que somos seres totalmente

dissociado do mundo animal,

Totalmente equivocado e atolado até o pescoço, nas ambições,

no egoismo, os olhos voltados exclusivamente para nossos umbigos,

e que se dane o próximo, que se dane o mundo exterior.]

E aqueles que se propõe a fazer alguma coisa,

o faz com a intuito do toma lá dá cá, eu te dou mas, você tem que me dar em dobro.

Assim é exclusivamente na política e eventualmente no resto

do caráter humano.

Eu não sou diferente.

No meu mundo obsoleto, restrito, individual e solitário,

carrego minhas cruzes, sigo meu calvário.

Não tenho ascendentes, mas tenho descendentes.

E nesse mundo de relações sanguíneas e consanguíneas,

Vejo o quanto o ser humano é materialista, individualista,

e propenso a fazer apenas o que lhe é conveniente.

Aquilo que lhe trará algum beneficio, alguma vantagem licita ou ilícita.

Olho com tristeza a humanidade...

Olho com lágrimas o mundo e vejo o quanto as pessoas são solitárias,

apesar de toda uma multidão que os cercam.

E o que fazer!

Não vislumbro na minha ótica qualquer salvação a esta humanidade,

E só Deus, na sua misericórdia poderia resolver estas questões.

Vejo que cumpre-se alguns mandamentos bíblicos, e me parece que

o fim está próximo, pois, a Sodoma e Gomorra, ressuscitou ao longos

dos tempos.

As pessoas vivem no seu dia a dia, na sua correria, na sua busca

por coisas que fogem do sentimento humano, da piedade, da misericórdia, na compreensão, na vontade de ser melhor...

Vejo e ouço apenas promessas, vontades, atos isolados de alguns

que realmente abdicam do materialismo em prol das relações sociais,

do amor ao próximo, da vontade de ser melhor, ou, compensar os seus

pecados ao longo de suas existências.

Vejo que os filhos matam os pais, os pais matam os filhos, os irmãos se matam, os amigos se traem, homens e mulheres se violentam e violentam seu caráter, sua humanidade, sua serenidade e o seu modo de vida por banalidades e futilidades.

Temos nossos entes que dizemos ser queridos, que amamos,

mas, sequer damos um momento da nossa vida para abraça-los,

estarmos juntos por algumas horas que sejam.

Mas, infelizmente, nada fazemos, com as desculpas esfarrapadas,

do trabalho, dos afazeres, do lazer, das baladas e tudo o mais que

circunda a mente humana, deixamos de fazer o que deveríamos fazer

por obrigação, nem mais por voluntariedade.

Um pai, uma mãe, um irmão, uma irmã, um tio, uma tia, um amigo...

Pessoas que deveríamos fazer o mínimo que para eles seria o máximo,

Um abraço, um carinho, uma presença inesperada, um mimo espontâneo....

Mas, infelizmente, o que restará, são lágrimas mentirosas, de sentimentos banais, quando eles partem, quando eles vão embora,

quando eles deixam uma cadeira vazia, uma cama vazia, uma mesa

sem talheres...ai, choramos...

Verifiquei ao longo dos anos, que os parentes só se encontram,

só se reúnem em velórios, quando aquele ser " tanto querido" fica apenas numa foto antiga, mas a vida, já não mais lhe pertence.

E o que fazer?

Senão olhar o nada, e verificar que la, em um terreno fúnebre,

m um jazigo frio, numa lápide fria, só existe um nome, uma data,

e quiçá uma foto envelhecida, desbotada e dentro de nós, um vazio.

Então, numa reflexão realista, temos que repensar nossas vidas,

dar uma volta nos nossos comportamentos, e darmos maior atenção

aqueles que ainda estão vivos, e não precisam de muito, só de um abraço, de um "oi" , - olha, vim te ver! Como está você, vim matar

a saudade, vim retirar a indiferença, vim reconciliar-me com a vida,

vim viver um pouco mais o pouco de humanidade que existe dentro de mim e dizer: - Eu te amo de verdade.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 21/09/2018
Reeditado em 21/09/2018
Código do texto: T6455340
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