DESCULPE-ME - A nudez total é constrangedora

MENTE OCIOSA

Uma mente ociosa tudo pensa,

Pensa para o bem ou para o mal,

Há poucas coisas que compensa

E muitas, até o crânio esquenta,

Mas há gente que acha normal.

Ora, mente ociosa todos têm na haver.

Por que só este idoso há de as ter?

Não há álibis, possam me convencer,

Haja alguém tão pobre de imaginação

Nem com mente ociosa há de se haver.

Pensei em ver como seria interessante

Ver a cara de quem pensou e fez o mal,

Ao ser interrogado pelo Criador,

Lembrando dos males que praticou

Seria porventura, de pavor ou normal?

E como Deus faria para interrogar

Alguém que em vida muitos matou

Direta ou indireta de males, se culpou,

Como o Bush e outros à muitos levou?

Porventura, seria cínica ou de horror?

Observem o que uma mente ociosa

Com a cabeça no travesseiro a pensar?

Com que cara de presunção e vaidade

Com mala lotada de “boas” intenções,

À Deus se apresentar, certo de se salvar?

Há um item na lei de Deus que diz:

“Pecar por pensamento, palavras e obras.”

Palavras podem ser ouvidas e obras vistas,

Porém a mente é lotada de intenções,

E delas, boas ou más hão de sobra.

Ás vezes, minha mente fica a filosofar,

Se nós tivéssemos possibilidade

De realizar tudo que imaginamos,

Se a humanidade seria melhor ou pior

Com a sua atual insanidade?

Porventura não seria mais sensato

Se todos tivéssemos a mente aberta

Para uns aos outros entre si se ler

Com que cara ficaria os que apreciam

Vez por outra dar uma de incerta?

Ai está o exemplo da livre imprensa

Cutucando os que se deixam delinqüir,

Batendo no peito como injustiçados

Pelos horrores das injurias que sofrem.

Pode alguém poder me desmentir?

Confesso que não sei o que faria

Com tudo que minha mente imagina.

Ora, ora, pois, pois, não vou ti dizer,

Ficas tu a pensares o que quiseres,

Estou cansado da cruz da própria sina.

De tudo isso sinto a sabedoria divina

Em manter no animal humano

Os pensamentos invioláveis.

Agora mesmo, ao lerem estes versos,

Ele ousa falar por sicrano e beltrano.

Mas todos vão se surpreender

Por eu ousar dizer o que é a mente,

Que mente com a cara de inocente,

Mas a consciência lhe faz ranger os dentes

Porque mente ele dói quanto ele mente.

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Aos 82 anos, aposentado, boa mente,

Mas o corpo físico desgastado

Pelos longos anos, usado, sem cuidado,

Porém, tenho curiosidade de pesquisar

A “semente” que deu origem a “gente.”

Calma, calma, não se “esquente”,

Pela minha sinceridade em concluir

Que a semente estava apodrecida

Porque a única ação sensata que Adão fez

Foi cobrir o corpo das gentes.

Cada um que duvida da afirmação,

Imagine um quadro da humanidade

Totalmente despida de roupas,

Mostrando as “partes íntimas”

E os corpos com a natural deformação?

Não adianta defender a beleza do nu,

Nem citar o Vinicius de Morais,

Porque todos nós, em qualquer idade,

Pode apresentar deformação corporal

Pela frente ou por traz, estando nu.

Ora, ora, vou parar aqui,

Para não entrar no nu por dentro.

Iran Di Valencia
Enviado por Iran Di Valencia em 23/01/2008
Reeditado em 26/01/2008
Código do texto: T829238