Apenas peço perdão

Leia, por favor. Não me ignore, pelo menos agora, somente agora. Depois, se você ainda não me perdoar, não te culpo, pelo contrário, estás muito mais que certo.

Eu... errei. Mas você já sabe disso. Você já sabe o que vou te dizer, sabe todas as palavras mais que repetidas que vão surgir nesse papel e a única coisa que eu quero dizer com tudo isso é me desculpe.

Todas as vezes que eu te falei que eras falso... Todas as vezes que te disse que seria melhor não ter te conhecido... Mas que idiota! EU fui a idiota e SOU a única besta que tem aqui.

Eu sou um monstro. Você esteve do meu lado quando eu precisei, você me levou a tantas aventuras, você me mostrou o sentido de ser eu e a razão para seres você.

Mas eu falhei. Eu falhei e ainda falho e não digo que não prosseguirei falhando, mas eu sou uma pessoa! Me desculpe, mas é o que acontece quando se tem medo, e eu tenho muitos medos.

Tenho medo de cair, tenho medo da morte, tenho medo da solidão e tenho medo de que ninguém, nunca, em lugar nenhum, me ame.

Meio provável que meu último medo se realize, não é mesmo? Eu tenho todos os defeitos que alguém pode ter, e minhas qualidades são perecíveis.

Mas você não. Você é o concreto e o real, tão real que eu achei impossível que fosses verdadeiro, mas você é.

Eu te amei. E não posso dizer se ainda te amo pois estou muito confusa e essas palavras já estão mais que repetidas, estão manchadas de lágrimas. Nem sei dizer se isso chegará do mesmo modo até você, pois não sei se vou conseguir decifrar esses rabiscos que estão aqui escritos.

Não posso te pedir para que me perdoes, minha máxima aqui é pedir perdão e esperar sua resposta, mas se for negativa, não o culpo. Aliás, não te culpo de absolutamente nada, a culpada de tudo sou eu.

E, se um aviso oficial de desculpas como esse não for o suficiente, então por favor me diga o que é! Pois me sinto e me sentirei inútil, um verdadeiro lixo incapaz de realizar um mínimo ato, enquanto carregar esse peso comigo. Peso esse que sei que será eterno, então, eu... desculpe, não sei o que fazer.

Talvez seja para ser assim, tavez seja para que nunca mais nos falemos, mas eu não quero isso.

Sim, eu disse isso. EU NÃO QUERO ser página virada em sua vida, não porque acho que não é para terminar assim, e estou rezando para que, dessa vez, o que acho seja finalmente o correto.

Sabe, agora percebo que talvez você nem tenha lido isso, eu anunciei ao mundo e a única pessoa a quem esse texto importa, talvez não tenha lido.

Mas você tem o livre arbítrio para fazer o que quizer e, se realmente não leste isso, talvez não fosse para ser lido.

Eu sou um monstro e a pior coisa que já fiz na minha vida foi te tratar do jeito que tratei, enquanto que a melhor.. não se dá para definir algo desse jeito estando no estado que estou.

Acabei de berrar com o pessoal no meio da rua, você vai saber disso (ou até já sabe) e, se queres saber o motivo, eu estava abalada pensando no que estou te dizendo agora, e não aguentei tirarem graça comigo.

Errando e errando... Mas que idiota, não? Eu acho que é minha sina mesmo.

Bem, eu não sei mais o que te falar, então, vou parando por aqui. Tudo o que eu sinto... Tudo que foi escrito é a mais pura verdade, espero mesmo que você tenha tido paciência de ler. Se não teve... Bem, é isso.

Emanuele Valente
Enviado por Emanuele Valente em 23/06/2008
Reeditado em 19/07/2011
Código do texto: T1047962
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