Para viver, preciso de quase nada
Para viver, preciso de quase nada
Nesta espinhosa e; porque não dizer:
Feliz jornada preciso de quase nada.
Levantar cedo, se preciso, porém,
evito as madrugadas. Creio que,
neste sentido se aplica
a desejada felicidade.
Simples assim,
ser feliz foi única
boa escolha que eu fiz.
Vou longe; pra um velhote
qual dispensa qualquer dote. Adotei
logo de uma só vez a natural e eficiente
simplicidade da amiga antiga sensatez, eis o xis
da antiga questão, comerei feliz sobre o simples prato
raso, carne de pato, ou saboroso arroz com feijão, e que
arraso se lá tiver vinho, moqueca de camarão, meu bom vizinho,
não pense que vivo a comer sozinho, não, a ninguém espezinho
tendo esta mortal condição. Quando não, meus netos, filhos,
irmãos, até sobrinhos. Na realidade tenho a boa liberdade
quando me encontro sozinho. Bem, meu irmão, tenho por
fiel companheira a mãe Solidão, dona do meu encanecido
coração! Minhas vestes: Que tolice, há muito já lhe disse:
Uso uma peça por vez, no meu carro, apenas um assento,
e no meu pé direito, eis aquele mesmo sapato outra vez.
Talvez seja este o teste de lucidez da pureza singela à vida
vívida vivida em rosa amarelo. Ah... Aqui se encerra óbvia
filosofia na geografia de cada dia, desta bela existência na qual
vivemos sem transparência na simplicidade da divina sabedoria,
sendo que a veraz felicidade se encontra no coração de qualquer
idade. Ei-la: Grande sabedoria que os sábios jamais saboreiam,
pois, vivem alheios em seus devaneios, em busca das glórias
as quais acabam-se aqui, sapiências quais ficam pra história
já há muito conhecidas, porém, por poucos apreendidas.
Seja rico, seja pobre, seja humano, seja tudo, seja nada,
quando for quase tudo isso, ao menos terá vivido a vida.
Terá aprendido a antiga maneira fabulosa de bem viver.
Comece agora sendo humilde pra essas práticas exercer.
O seu erro pode estar ao se comparar com seu vizinho,
Pois, ainda não aprendeu a andar sozinho nesta clara
solidão, cuja negritude está na cabeça pobre e podre
do racista qual não se põe na lista de pobres nobres
mortais a fazer distinção de cores de seu espectro
de solidão insólita… Sucesso nesse mais alto
empreendimento de sua vida a viver da arte
querida de viver a vida sem sobressalto!
Seja feliz!
jbcampos