Meu amor, seremos !!
A Dança/ Soneto XVII
Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Pablo Neruda
Eu te amo !! Mesmo diante do teu silêncio, eu te amo !!
Não quero mais dormir. Abro mão do meu quarto e da minha cama para continuar te lendo. A minha alegria é o regresso da tua poesia !!
Eu sempre te amei e te amo mesmo quando voce está diante da ausência de luz, rajada pela névoa e com o gosto de choro na boca. Seremos. Ainda não somos. Mas seremos !!