SEGREDOS, sem segredos.

Certa tarde de domingo andando pelas ruas calma e tranquilas de um pequenino vilarejo olhando a imensidão da vida em linha reta, o mais engraçado e que tudo ali parecia parado no tempo, parado por um único e exclusivo momento, tudo parecia estar rodando em câmera lenta dentro do mais perfeito pit stop da existência na estação denominada vida, onde a vida passa devagar, e o brilho da vida refletindo ainda muito mais o brilho intenso e vil no espelho da alma, através da luz que brilha em cada planta, cada ser, cada sorriso nos lábios calmos ou agitados, na face refletindo o semblante da vida dentro da estrada da existência, conduzindo os caminhos do tempo, que conduz ha caminhada do ser pelo caminho da vida bem devagar, quase estacionado onde na mais perfeita câmera lenta tudo parece caminhar corretamente.

E ali encrustado no meio da montanha onde a loucura parece um tanto quanto distante de tudo e de todos, os mais velhos ditam as regras, sem ate mesmo expressar uma única palavra, e todos busca respeitar as atitudes certas e erradas um do outro, e já no quarto cantarolar do despertador milenar e certeiro do tempo, amuniciando que mais um dia não tarda surgir na linha continua do horizonte de todos, e por entre as duas corcovas do monte distante, na montanha da vida os primeiros raios dourados do astro rei, começa devagarinho a surgir suavemente saudando toda a humanidade, com um bom dia repleto de amor pela própria vida contida na linha da eternidade do ser. Lá na cozinha mamãe já esta com os gravetos no rabo do bom e velho fogão a lenha e o fosforo empunhada na mão avisando que já e hora de começar a preparar aquele café fresquinho, pois, e papai suspira no quarto avisando que já esta na hora de levantar e as curraleiras começam a mugir no malhadouro em frente os currais, avisando que já esta na hora de tirar o leite fresquinho, e as galinhas a dançaricar de um galho por outo no poleiro, querendo pular no chão, a porca roncha mansinho chamando os filhotes para amamentar.

Dentro do peito bate compassadamente aquela certeza do ser, sentindo estar em algum lugar esplendido de beleza impar, sentindo levado pelas correntes de ar para longe, bem distante dos olhos e da corrida desenfreada da humidade, querendo apenas chegar em algum lugar sem absolutamente nada, nada fazer;

Este lugar magico e vivo existi e resisti ao tempo doando vida a muitas vidas, vive e sobrevive na linha continua do tempo, onde a beleza da vida se encontra contrita em cada ser, em muitas vezes encrustando dentro do ser a beleza completa da vida, não somente no corpo, mas também a beleza exótica e completa da alma, um corpo perfeito, alma plena de vida refletindo a beleza da própria vida.

Autor- Nute do Quara 20/01/2014.