Uma dança
Vem…
Vem… dá-me a honra de uma dança...
Não se preocupes, uma dança não vai nos comprometer, nem vai ferir os dogmas, as juras, os laços, nem desestabilizar vidas.
Vem... não precisa dizer nada, basta que traga junto o teu coração e a tua alma.
Vem...deixa eu te olhar, de admirar, embeber da tua ternura, da tua beleza, do teu calor...
Vem... por um instante, solte as argolas do teu coração, desamarre a tua alma...deixe-os assim, enquanto durar a música.
Vem... deixa eu te envolver com os meus braços e te conduzir pelo salão, enquanto os acordes da melodia vai tocando a nossa alma, revestindo o nosso coração.
Vem... deixa nossos olhos dizerem tudo que nosso coração precisa, tudo que nossa alma necessita, pode ser que o amanhã não virá e não teremos mais oportunidade de fazer isso.
Vem... fechemos os olhos por um instante e deixemos nos envolver pela luz do Criador, pela luz desse sentimento chamado amor, que nasceu em algum lugar do passado e que hoje deixa a nossa alma a soluçar pela dor da saudade...
Vem... deixe que olhem, que comentem, que falam, a maioria não entende mesmo de amor eterno.
Vem... sinta os acordes da melodia, escuta a voz do meu olhar, se deixe revestir pela minha aura, deguste a grandeza, a magia desse instante, fazendo eternizar esse momento.
Vem... antes que a música termine, me olhe mais uma vez...quero gravar na câmara da minha alma o brilho do teu olhar, a meiguice do teu sorriso, para que eles sejam o protetor de tela do meu coração.
Vem... deixa eu sentir por alguns instantes a doçura da sua companhia, o encanto da tua presença, o calor dos teus braços, mesmo que, timidamente a me tocarem no embalo da dança, mas o suficiente para que a minha alma se derreta de deleite.
Vem... me leve contigo e me guarde no teu coração por que tu estarás eternamente no meu.