REMINESCÊNCIAS
Acode a memória,
nutre dormências,
adormecidas, vagas,
quase apagadas,
querendo aparecer.
Nuances de encanto,
presenças, querendo aflorar,
num canto, talvez acanhadas,
fazendo refluir as saudades,
de tempos que quero lembrar.
São muitas, pequenas,
quase nada,
outras, névoas adormecidas,
que afloram num açoite,
pois delas tenho imensas saudades.
Vivi encantamentos,
fui jovem, ousei,
aspirei o perfume das flores,
como apaixonado, amei,
curti reciprocidades gostosas.
Foram tantas,
algumas ásperas, com espinhos,
denotando sofrimentos,
outras, no entanto,
perfumadas como rosas ao vento.
20-04-2012