Nos teus braços
Nada é como estar em teus braços,
Entregue num sentimento puro
Que termina num ato tão carnal
Um ato carnal precedido de amor...
Isto o torna tão puro quanto o sentimento inicial.
É assim que me sinto, quando estou contigo.
Até quando meus mares eram outros
Mares cheios de fantasias, ilusão, pureza
Jamais havia experimentado
O rebento que esta contradição proporciona
É como se estivéssemos à beira da morte,
Mas num instante mágico
Somos ligeiramente invadidos pela vida
Pelo que é a vida.
Não, não apenas vida:
Vontade de continuar vivendo... Amando.
Porque o carnal e a pureza se confundem
E somos erguidos, elevados e nada se sente ao redor
Apenas dois corpos e duas almas, se amando...
Ambos invadindo e sendo invadidos
Numa sensação única
Que nos vibra, estremece... Desnorteia.
E quando tudo passa não é o fim
É o recomeço
Deitada nos teus braços recordo e aguardo
Deitada nos teus braços deixo o corpo descansar
E o sentimento ao contrario, aflorar
Numa carícia sutil do teu abraço me sinto protegida
E nem percebo os olhos fecharem quando me diz:
Meu bem, eu te amo
Já estou dormindo embalada na tua respiração ao meu ouvido.
Escrito em 07/12/06