Palavras singelas

Eu não quero usar palavras que rimem, ou que façam o leitor meditar, ou sei lá o que... Não quero fazer uso das letras, mas sim dos sentimentos que teimam aqui em meu coração.

Sim, são sentimentos teimosos. Que invadiram minha vida, meus sonhos de adolescente, e tortura de uma quase adulta. Sentimentos que insistem em bater contra uma decisão. Sentimentos que querem viver mesmo tendo ouvido um não do ser amado.

Talvez tivéssemos tido um relacionamento complicado, inusitado. Algo que não devia ter acontecido. Teimei contra meu destino, deixei que este amor invadisse minha vida, e o final: sofrimento.

Fui capaz de aceitar situações que pensei que eu jamais aceitaria. Que eu sempre criticava; acabei fazendo. Para algumas pessoas por idiotice, para mim, simplesmente por amor. Perdoar, perdoar... Conseguir sorrir após ver-te com outra... Conter a dor do coração. Esperar, esperar que a minha falta fosse sentida para que voltasse pra mim, e semana depois receber uma mensagem dizendo que já não sirvo em sua vida.

Coisas que juntas machucam, torturam... Incendeiam um fim que não deveria ter acontecido, e que ainda meu coração não aceita... Não aceita o destino, ou alguma idéia alucinada que amanhã poderá ser mudada...

Estou percebendo que quanto mais escrevo, mais perdida me encontro, quanto mais tento transpassar meus sentimentos mais ocultos eles ficam nestas palavras, nessas linhas que aumentam e nada falam. Sentimentos enlouquecem aqui no meu peito...

É estranho, é confuso... É inaceitável perceber que dizes que ainda me ama, no entanto não me quer mais em sua vida... Isso me deixa sem palavras, sem caminho a percorrer, a indagar o sentido da vida e deste seu hábito de querer e não poder.

Você me mata de raiva e de vontade de te ver, vontade de estar ai, e poder abraçar você... Mas medo de você não mais me querer...

Medo de entender, de saber exatamente o que se passa na sua cabeça... Hoje percebo que é melhor nunca ter tido, do que perder o que se teve.

Dói demais te ter assim, tão longe, tão distante, não meu. Perdido no mundo, inquieto a procura de aventuras... A procura de um novo amor, de uma nova conquista...

Te daria minha vida, mas você a desprezou.

Por você seria capaz de tudo, mas você não me aceitou.

As músicas, os poemas, as lembranças, os gestos, as tardes de domingo... Sinônimos de sofrimento. Tudo que um dia me fez bem, hoje me faz mal...

E aí? Será que você volta, tudo em minha volta é triste.

Já não posso sorrir. Procurar outro para esquecer-te, já fiz, mas não consegui... Estás em mim, tatuado em minha vida, em minha alma... Em tudo que um dia não quis viver, e ainda vivo... Este amor, que carregarei eternamente; um amor que não sairá de meus pensamentos, de minha memória... Não sairá de mim!

Talvez eu pudesse ficar calada, e fazer o que me pedes, facilitar com que se esqueça de mim. Não consigo, não posso. Tenho que dizer para depois não arrepender de o que não foi feito...

Ainda quero, quero sim. Você perto de mim...

A distância pode nos separar, mas jamais deixar com que eu te esqueça... Jamais.

Eu quero você, minha doce ilusão. Entenda, dê um sinal. Eu preciso de você, você precisa de mim... Não machuque dois corações quando na verdade você pode fazê-los felizes.

Mensagem, mensagem,

mais algumas palavras escritas.

Doce Poetisa
Enviado por Doce Poetisa em 26/06/2010
Código do texto: T2343059