Amor que ensina
Ensinar amando é criar das falhas
a tática humana de respeito,
pelo exemplo equilibrado,
mesmo imperfeito como o todo ser que respira,
considerando que o maior conhecimento
será sempre o prelúdio das lições.
O bom professor é água clara do rio,
firme em seu rumo, poderosa em sua força,
maleável frente aos rochedos, flexível aos ventos,
humilde espelho que tudo reflete,
calma como dia e noite respeitando diferenças.
Sabendo que o contato de pessoas
como o de produtos químicos,
gera reação e transformação mútua,
se ministrado com amor e sabedoria,
para que ambos,
maturo e imaturo se regozigem na vida,
é preciso que cresçam em conjunto.
O adolescente é obra nascendo e
o que se julga maturo é obra em andamento,
portanto ambos apenas sabem o que são,
nunca o que serão,
neste mundo onde nada é permanente,
exceto a mudança.
O amor é o Mistério que agita a vida,
hereditário, supremo, misericordioso,
e nada mais lógico ser ensinado e praticado sempre,
independentemente do grau de
espiritualidade de cada qual.
Na escala de vulnerabilidades humanas
todos são susceptíveis ao aperfeiçoamento constante.
O olhar terno, o toque candoroso,
a palavra que encoraja,
o Sentimento Bom,
ensinam melhor o adolescente
do que o acervo cultural.
Adolescentes são aprendizes que já fomos
e serão os homens que somos,
formando uma família rica, diversificada e feliz,
se ouvirem a voz de Deus.
A diferença fundamental entre as idades
é a seguinte:
enquanto uns se preparam para ensinar no futuro,
aos outros coube o privilégio de
orientarem os irmãos inexperientes.
Santos-SP-14/08/2006