Outono da vida
Tempo do passo lento a moderado,
da preguiça daquele que já fez tudo
e hoje confere as marcas do tempo,
que foi aturdido mas agora é limpo!
Tempo em que a aparência escapou
pelos vãos d’uma juventude garbosa,
onde o relógio irreverente garimpou ,
resumindo horas doces de uma brisa!
Mero sofrimento calejado pelo destino,
disfarçado no sorriso antigo e ameno,
garantiu que quanto mais se envelhece
imensos obstáculos do mundo se vence!
A brincadeira cambaleia no caminhar,
que outrora voava mas agora descansa,
senta e olha a última estrela se aninhar,
a primeira talvez a atiçar sua lembrança!
Se jovens riem de tua senilidade doce,
a tua serenidade vitoriosa os encoraja
a galgarem o novo degrau que renasce,
porque à infância a velhice se engaja!
Santos-SP-09/04/2006