SEM MEDO DE SER FELIZ (60)

SEM MEDO DE SER FELIZ (60)

Às vezes leva-se uma vida toda para se construir um relacionamento e apenas algumas horas para destruí-lo.

Tudo é questão de escolhas e de como se utiliza essas escolhas.

A maioria pensa que é o dono de algo ou de alguém. Mas isso é ilusão, nada temos de real a não ser nossa mente, porque nossas atitudes podem estar sendo ilusórias. Podemos estar sendo enganados por nós mesmos.

Porém quando nos sentimos seguros na vida, percebemos que relacionamentos vão alem do companheirismo.

Não somos objetos nem predicados expandidos da matéria. Somos um elo do infinito em prol do amor fraterno. Amor que abraça para liberar e liberta para abraçar.

Quando nos sentimos o dono de alguém, retiramos desse alguém o sentido de viver em abundancia. E por mais que desejamos prendê-lo, tudo o que conseguiremos é afastar de nós a sua beleza contemplada de poesia.

Porém quando liberamos essa energia que detém o outro, e a trocamos pela certeza do encontro sem condições, teremos mais a solicitude dessa pessoa e num tom suave e pleno.

O amor não aprisiona para tocar, mas toca para deixar solto e, quando solto... retorna repleto de vida, de magnitude!

Relacionamentos não são paisagens abandonadas. Nem são registros ostentados de apegos.

Se num relacionamento você tiver que desistir de ser você, você perdeu sua identidade e o outro possuiu sua liberdade. Então o relacionamento deixou se fundir num elo egocêntrico. São dois corações e um só sente, duas mentes e uma só pensa. São dois seres, mas um só determina o espaço da felicidade. Logo, isso nunca foi ou terá um significado de felicidade, mas passou a ser um disfarce de união.

A união é eterna e não se expressa sobre domínios. Cada um é um Universo, cada um tem um sol e jamais um poderá viver a sombra do outro. Ou encostado na mesma coluna. Corações apaixonados, mas sem deter a energia da vida, um do outro. Se olhando de frente, sem desejar retirar o brilho um do outro. Isso é amor que acolhe... que contempla. Que se entrega sem polir, sem poder de posses. Quando nos sentimos dominados ou dominamos, estamos sendo enganados por nosso ego. Quem ama verdadeiramente, apenas deseja a felicidade do outro, mesmo que isso venha custar a sua própria felicidade.

Fim desta, C

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.

Akeza
Enviado por Akeza em 20/10/2008
Reeditado em 27/08/2022
Código do texto: T1239240
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