NÃO TENHA MEDO
Sinto o medo no tremor da sua voz.
O receio de se abrir,
De se doar.
Ouço a palavra que não dizes
E no grito que teu peito silencia,
Percebo o medo oculto por trás da tua sobriedade.
Afogas o coração em prol de uma razão dialética,
Que palmeia o caminho
E não se desvia do calçamento seguro,
Das emoções conhecidas.
Não percebes que teu medo é tua fraqueza!
Tranca-se em ti por medo de se doar e sofrer.
Ofereces o que te sobra
E receia pedir o que não tens.
Pega o que a vida te oferece!
É direito teu!
Não penses se vai valer a pena.
Agarra hoje o bem que ganhaste.
Toma-o, como a taça do vencedor.
É de teu merecimento,
É por teu valor.