As idas e vindas da eternidade
Das várias viagens que eu já fiz
Os amores ficaram no esquecimento
Relembrar... Ah! Isso eu sempre quis
Mas nada... Nada! Até este momento.
Das idas e vindas para a eternidade
Só tive as coisas que eu mereci
Andei em busca da felicidade
E voltei pensando que estava aqui.
Nasci e morei em vários lugares sei
Paris, Venezuela até nasci no Japão
Ainda espero a pessoa que mais amei
Foi por isso que vim nesta encarnação.
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Dedico estas trovas para
Milla Pereira
com carinho e respeito.
(Airam Ribeiro)
Agradecimento ao amigo Airam Ribeiro:
Amigo, Baiano arretado,
eu também fui de outros mundos
mas, vim cair neste Estado,
num corre-corre profundo!
Porém, não me faltam amigos
com quem eu possa contar
que acompanham comigo
todo o meu caminhar!
Como um grande companheiro
dos meus amigos do peito
vem você, Airam Ribeiro,
emocionar-me desse jeito?
Não faça mais isso comigo,
Que as lágrimas não contenho.
Pois você é um amigo
dos mais queridos que tenho!
(Milla Pereira)
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Tô aqui de boca aberta,
quase inté iscancarada,
nunca ouvi essa conversa,
que aqui foi proclamada;
esse baianu malucu,
diz que já foi japonêis,
por issu que a Maria,
se mandô de uma veiz.
Diz que nessa incarnação,
nasceu como baianêru,
mas continua japoneis,
da cintura inté os joeiô.
A Maria num guentô,
di vivê di mixaria;
passo a régua no baianu
e si foi iguar ventania.
(Mira Ira)
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Brigadu Milla Perêra
Tu é a fulô qui mais xêra
Diga-ci aqui di paçagi
Vô da o trôcu pra Mira, Milla
Vô respondê ela vai vê
Sô japa na verdadi Mira
Mas cunformu cum o meu nacê.
(Airam Ribeiro)
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A Milla deu a resposta
Também saudando o Airam.
Num é aquela coisa feia
Parecendo um sapo e uma rã.
É coisa muito bonita
Pra virem todos apreciar.
Tomar o café da manhã
Que Clara não pára de ofertar.
Coisa linda é essa amizade
Mesmo com a ausência material
Milla e Airam, Airam e Milla
É tudo obra celestial.
Deus, irá com certeza
Abençoar cada dia mais
Essas amizades tão sinceras
Que no Recanto a gente faz!
(Pedrinho Goltara)
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Ocê falô falô bunitim
Meu cumpadi e camarada
Ocê tá certo Pedrim
O Airan é uma parada
Cum a Milla na jogada
A coisa ficô mió
E a Mira, bem amada
Dela num se diz um ó!
Nossa amizade é bacana
Para mim ela é sagrada
Num pode sê leviana
Pois por Deus é abençoada.
Airão é home de fé
Tem amigo de montão
Cum seu fiio e a muié
Mora em nosso coração
Ocês viru ele dizeno
Que já foi un japonês
Que tem tudo bem piqueno
Ele é sim, português
Eu cunheço as suas fias
bunitas cumo ninguém
Só num cunheço a Maria
Mas vou cunhecê também
Meu bom amigo baiano
Tamém a Milla Pereira
Oceis são tudo bacano
Gente boa brasilêra.
(Claraluna)
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