A velha amizade (tempos de infância)
A velha amizade (tempos de infância)
Nos trajetos da vida hoje me deparei no caminho que nós fazíamos para irmos jogar futebol, brincar de esconder-se ou mesmo nos encontrarmos com outros amigos ali naquele pequeno parque que ficávamos horas jogando conversa fora e o melhor rindo até doer às bochechas. O caminho que hoje eu fiz era o mesmo “Zig e Zag” que fazíamos naquele tempo, pena hoje eu ter feito ele sozinho e em meio ao meu trabalho, o que chama a minha atenção que por varias vezes que passei por ali em outrora só hoje pude perceber que era o caminho que nós fazíamos.
A saudade transcorreu meu peito, as lágrimas que fiz de tudo para torná-las internas quase me derrubaram por lembrar-me deste doce passado, que digo fortemente “Não volta NUNCA mais”. Às vezes falamos “nunca mais voltará”, mas não percebemos a vitalidade e a realidade desta frase em nossa vida. Imagine só, o tempo não volta mesmo, você
pode voltar a ler este texto, mas não no momento em que se colocou a ler ele, pois não volta mesmo.
Com essa mistura de sentimentos de saudade, de um tempo que ficara em outonos passados e o vento levou para longe suas folhas, mesmo assim estão guardadas em peito. O poder da velha amizade que tenho por este amigo, que hoje vejo tão pouco, supera muitas paredes e barras, não posso me dizer um velho, tanto na idade, mas também na aprendizagem, em ambas andamos em continuidade constante até o “apito final”, ficamos velhos de corpo, nunca de alma. Essas experiências vividas que são passos marcados pelo chão, a poeira pode ter escondido nossos passos e a chuva levado com ela, mas os instantes estão guardados e bem guardados, tão guardados que o hoje eu poderia ter mudado minha trajetória em parte deste “Zig e Zag”, mas não, o percorri da mesma maneira que percorríamos há tantos anos atrás, isto guando não íamos à frente do colégio só pra acompanhar o ônibus escolar com nossos amigos, mas estes são outros tempos, isto tudo só pra lembrar de nossa velha amizade tempos de infância, tempos bons, estes velhos tempos”...
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